Editorial – De gafanhotos e papagaios
Recordou que, na Era Tortorello, a ameaça aos sonhos e destinos da cidade eram os Locust stethophyma, os “gafanhotos”. Referia-se, o preclaro causídico, aos partidos ditos de esquerda e seus temerários prosélitos, cambada que foi varrida do cenário político municipal nos anos subsequentes graças às suas insuportáveis lambanças.
Destacou, ainda, que àquela praga periculosa sucedeu-se chusma de psitacídeos, também conhecidos por “papagaios” – aqueles que só falam o que lhes mandam. Data vênia, louvando a metáfora mas defendendo a discrepância na concordância, diríamos que neste aspecto igualmente o futuro da colheita segue em risco.
Ensina o Direito Romano que “salus populi suprema lex esto” – o bem do povo deve ser a suprema lei. O “deve ser” é o X do problema: seja buscando o poder na mão grande, caso dos “gafanhotos”, seja na vaselina, caso dos “papagaios”, quem sempre perde é o povo.
A discordância com a valiosa comparação biológica do notável orador, “ab ovo”, dá-se na crença de os bichos serem seres de Deus e, o que se tratou, ser coisa do Capiroto.