Toyota estoura com horas extras, e Ford demite 364 metalúrgicos
A Toyota já esgotou a permissão da CLT de pagar duas extras por dia aos colaboradores, e está próximo de chegar ao limite do trabalho extraordinário nos finais de semana. Mas também não contratou.
Representantes da montadora japonesa atribuem o ritmo frenético de produção, na contramão do mercado e da conjuntura, “à qualidade dos produtos e à confiança do cliente”.
Presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang disse que o Centro de Visitas é “um presente para São Bernardo no mês de seu aniversário”. E salientou que a unidade integrará o turismo industrial.
Já o CEO da Toyota para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil e da Argentina, o norte-americano Steve St. Angelo, nascido em Detroit, e que começou como executivo da montadora em Kentucky, deu um show de simpatia, e reafirmou o compromisso da empresa com o meio ambiente e principalmente a educação.
Steve entregou a chave simbólica do Centro de Visitas ao prefeito Orlando Morando (PSDB), mas brincou: “Já tentei abrir a porta com ela, e não funcionou, mas vai ficar muito bonita em sua mesa”.
Orlando foi à Toyota com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Hiroyuki Minami; a secretária de Educação, Suzana Aparecida Dechechi de Oliveira; e o secretário adjunto da Chefia de Gabinete, Rogério Capetinga.
Já na Ford, o sindicato orientou os demitidos a não assinar a rescisão do contrato de trabalho e anunciou mobilização contra as demissões, interrompendo as atividades na estamparia, um dos setores estratégicos na produção de veículos.
A Ford já havia anunciado que manterá a fábrica parada entre 14 e 15 de agosto. Uma nova assembleia dos metalúrgicos foi convocada para a próxima quarta-feira (16), pelos líderes da categoria.