Editorial – Lendas urbanas
Diz o Aurelião, sobre judas (em caixa baixa): “2. Boneco ou estafermo que se costuma queimar no Sábado de Aleluia”. Queimar e descer o porrete. Mas, no “País das Maravilhas”, a tradição medieval restringe-se a ato simbólico, inócuo e intranscendente que, passada a euforia da bronca, somente deixa sujeira pelas ruas.
Tais lendas urbanas sobre estafermos (stricto sensu) escrachados e coelhos botando ovos nada têm a ver com o rito de passagem (Pesach) da ressureição de Cristo, ato em si litúrgico e conceito espiritual. A festa da Ressurreição, em suas origens, nos fala mais da alegria da purificação da alma e menos de festins pagãos improváveis.
O Repórter, adepto da primeira tese, une-se aos seus leitores, parceiros, amigos e colaboradores num dia de confraternização e júbilo, de fé e esperança. Todavia, jamais censurando os que malharem políticos e outros seres estranhos que tais mesmo que simbolicamente, e aos que, acreditando no simpático coelhinho pascal, se entupirão de chocolate em nome da alegria de viver. Nós também gostamos…
Felizes Páscoas a todos!