Com a entrada de Bolsonaro no governo brasileiro, muito se pensou que as relações
com os países árabes seriam afetadas por conta da aproximação idealizada com Israel. De
fato, até mesmo os representantes destes países acreditavam nisso, tendo o Vice
Presidente Mourão participado de uma reunião com alguns embaixadores para demonstrar
o contrário.
Essa ideia não podia estar mais distante da realidade, até mesmo porque muito foi
apenas discurso. Apesar de termos uma simbólica porém pequena aproximação com os
israelenses, nossos negócios com os árabes não param de crescer. Tendo gerado um
superávit de 6 bilhões de dólares no ano passado.
O “bloco” árabe corresponde a nosso 3º principal parceiro econômico, atrás apenas
dos EUA e China. A parceria e histórica, vindo desde a época do Império, e já contou com
diversos produtos diferentes, tendo o Brasil exportado até equipamentos militares para o
Iraque, Arabia Saudita, Egito, etc. Hoje o principal componente da exportação brasileira são
os produtos Halal, sendo em sua maioria alimentos como a carne bovina – Halal é todo o
produto que é preparado e/ou produzido seguindo os preceitos sagrados do islã. Do outro
lado da balança, o principal produto que importamos ainda são os recursos energéticos e
minerais, destacando-se o petróleo, mas além deles, tem crescido a entrada de alimentos
vindos do Oriente Médio. Provavelmente um dos produtos que você compra no mercado
veio de lá.
Os laços econômicos entre o Brasil e os países árabes estão se intensificando com
esforços vindo de ambos os lados e tudo indica que podem alcançar escalas ainda maiores
no futuro próximo.
