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CORRENTEZA

A Cia VEDA apresenta o projeto de dança vertical híbrido que une o videomapping, a arquitetura urbana, a dramaturgia, a poesia e plasticidade de um espetáculo cênico. Dias 8 e 9 de maio no CEU Vila Alpina. Entrada livre.

Correnteza é um fluxo de água que corre forte e contínuo. Como as vias da metrópole paulistana, suas ruas e avenidas largas. Como nossas veias.

 Buscando essa síntese entre os fluxos contínuos natural e urbano, surge o projeto CORRENTEZA, da Cia VEDA, que propõe transformar o CEU Vila Alpina em rio, usando sua verticalidade para converter concreto em corrente líquida e artistas aéreos em seres que não param. Com isso, levanta-se a reflexão: quais fluxos nos levam sem que nem percebamos?

 CORRENTEZA é um projeto de performance vertical híbrido, confluindo as linguagens da dança vertical – que por si só já é uma sobreposição da dança com a técnica do rapel – com o videomapping, a arquitetura urbana, a dramaturgia, a poesia e plasticidade de um espetáculo cênico. As coreografias são executadas fora do palco e do plano horizontal. A técnica vertical permite deslocar o palco do artista e, consequentemente, o ângulo do espectador, gerando estranhamento e fricção.

 

Foto: Heloísa Bortz

  A arte vertical, apesar de ainda pouco conhecida, tem uma característica comum em praticamente todos os espetáculos brasileiros: normalmente os artistas posicionam-se na “estação” onde a coreografia acontece e a partir daí o espetáculo começa. A descida em si é tida como um momento de preparo, mero posicionamento. “Aqui a proposta é justamente o inverso: utilizar essa característica inerente da vertical, a descensão, como representação dos caminhos d’água. Esse é o mote da coreografia: descer, ininterruptamente”, fala Kiko Rieser que assina a criação, roteiro e direção de CORRENTEZA, que tem coreografia de Lauanda Varone e Paula Spinelli.

 

Foto: Victor Otsuka

 A baliza para a criação cênica do espetáculo é a dualidade entre o movimento contínuo e o desejo de parar. Apesar de uma força atuando para sessar a inércia cinética do movimento, nada é capaz de interrompe-lo. A descida impõe o fluxo que se configura para além da gravidade. Espasmos quebrando a cadência do movimento geram novos fluxos que se reconfiguram no decorrer da performance, recebendo um novo significado, mas mantendo a sequência de movimentação que em hipótese alguma para.

 

Foto: Heloísa Bortz

 

 CORRENTEZA

 Criação, roteiro e direção: Kiko Rieser

Coreografia: Lauanda Varone e Paula Spinelli

Artistas verticais: Gabriela Bagno, Lauanda Varone, Julia Foti, Paola Higa, Paula Spinelli e Rodolfo Ruscheinsky

Artistas stand-in: Lucas Asseituno e Nayara Rocha

Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)

Figurino: Cassio Brasil

Iluminação: Rodrigo Palmieri e André Grynwask

Trilha sonora original: Mau Machado

Visagismo: Eliseu Cabral

 

Gênero: dança vertical

Recomendação: livre

Duração: 30 min

 Data: dias 8 e 9 de maio, com apresentações às 19h e 20h30

Entrada livre, não é necessário retirar ingressos

 Local: CEU Vila Alpina

Rua João Pedro Lecór, 144 – Vila Alpina

 FICHA TÉCNICA CORRENTEZA

 Criação, roteiro e direção: Kiko Rieser

Coreografia: Lauanda Varone e Paula Spinelli

Bailarinos verticais: Gabriela Bagno, Lauanda Varone, Julia Foti, Paola Higa, Paula Spinelli e Rodolfo Ruscheinsky

Bailarinos stand-in: Lucas Asseituno e Nayara Rocha

 Direção de Imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)

Figurino: Cassio Brasil

Iluminação: Rodrigo Palmieri e André Grynwask

Trilha sonora original: Mau Machado

Visagismo: Eliseu Cabral

 Engenheiro: Robson Marcolino

Técnico de segurança vertical (rigger): Sergio de Souza (Boca)

 Coordenador técnico: Rodrigo Palmieri

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