@laurayamane
“Sabe as tais “gerações futuras” tão citadas nos documentos sobre meio ambiente, desde 1972? Então, somos nós! Saia correndo se estiver em alguma palestrinha romantizada sobre meio ambiente, na qual a problemática ambiental seja tratada como uma questão das futuras gerações. São 50 anos repetindo esse mantra, que contribuiu consideravelmente para uma inércia assombrosa, agravada pelo analfabetismo ambiental. E foi assim que chegamos até aqui. Do desconhecimento sobre o conceito de meio ambiente à desinformação total acerca das responsabilidades dos entes federativos em matéria ambiental. Quem faz o que? De quem cobrar? Como Cobrar? O analfabetismo ambiental no Brasil é imenso e isso ficou evidente quando, em 2022, milhões de pessoas optaram pela continuidade da degradação ambiental e por pouco não conseguiram. Diante desse quadro, não dá mais pra ficar nessa de apagar a luz, fechar as torneiras, fazer composteiras caseiras, petições virtuais e tirar fotos com crianças plantando mudas. Essas ações são importantes e possuem seus efeitos positivos, especialmente do ponto de vista pedagógico. Mas precisamos reconhecer que a romantização do problema têm criado obstáculos para avançarmos em outras direções, incluindo nas questões climáticas. Enquanto isso, os que querem a degradação ambiental trabalham com outros instrumentos, utilizando estruturas já consolidadas, mas em desfavor do meio ambiente. Se perguntarmos para alguém na rua “o que é Meio Ambiente?” são grandes as chances de termos como respostas: “camada de ozônio”, “fauna e flora” ou “floresta Amazônica”. Isso se tivermos sorte! Mas sabemos que Meio Ambiente não é isso ou não somente isso. A maior parte da população não sabe o que fazer com esses alertas, tampouco sobre como agir. Precisamos criar e ampliar espaços de interlocução para tratar sobre as reais causas da problemática ambiental. Por qual razão não foram implementadas ainda as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental para que o cidadão possa exercer a cidadania ambiental? Essa responsabilidade não é somente do poder público!” @profgilsouza
