Artigo

Autoimagem, autoconfiança, autoestima

José Antonio Mariano

A autoestima das pessoas anda em baixa. Parece ser difícil mantê-la num nível apropriado, na fronteira entre o amor-próprio e a empatia para com o próximo. Mas antes da autoestima vem a autoimagem. Winnicott, psicanalista infantil, diz que é “através das expressões faciais, dos gestos, das atitudes e especialmente do olhar que a mãe ordena o caos das sensações e das emoções que o bebê sente no início da vida e, assim, pode oferecer-lhe, de modo gradativo e apropriado, o que ele necessita. O que ele necessita? Do olhar materno como espelho.

A autoimagem do bebê se forma a partir desse olhar da mãe. Ele se dissocia dela e começa a jornada para sua vida quando a mãe frustra seu narcisismo primário (o mundo para o bebê é o bebê) e ele começa a se perceber. A imagem que vai construindo a seu respeito, a forma com que aprende a lidar com vitórias, fracassos, satisfações e frustrações, vai fazer com que lapide essa imagem e à medida que ele se situa nessa imagem, vai adquirindo autoconfiança. Sempre com o auxílio orientador, inibidor e motivador dos pais, ele começa a crer em quem é.

E assim chegará a autoestima. A autoestima sofrerá golpes ao longo da vida, mas como terá seu cerne bem constituído, sempre se manterá. E será ela a manter a autoimagem nascente, a autoconfiança florescente, num ciclo virtuoso que se perpetua, apesar dos percalços. Essa autoestima fará seu bebê ser um adulto capaz de enfrentar as vicissitudes da vida, manter-se íntegro e reconhecer o próprio valor, seja qual for o ambiente, a situação. Olhe seu bebê nos olhos. Se você gostar de se ver nos olhos dele, seu filho terá boas chances no futuro!

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