Os clientes de redes supermercadistas sentiram no bolso a elevação dos preços no ano de 2018. Até dezembro foram registrados picos inflacionários e o ano encerrou com elevação acumulada de 4,33%. Os dados do IPS (Índice de Preços dos Supermercados) foram calculados pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) e pela Fipe.
O estudo aponta ainda que 80% dos produtos colocados à venda no ano passado sofreram aumento. As elevações se justificam, em partes, pela greve dos caminhoneiros, o que causou o desabastecimento e pela disparada do dólar, justifica a representante do setor.
A análise da Apas mostra que em dezembro a elevação inflacionária chegou a 0,53%, valor considerado dentro dos padrões históricos para o período, no entanto, esta oscilação fez o ano encerrar com inflação acumulada de 4,33%, ou seja, 0,33% acima das projeções da Apas.
“Os preços seriam bem mais comportados no ano, podendo ficar até próximo do piso projetado se não fossem três fatores que, pela intensidade ocorrida, prejudicaram uma série de produtos de peso no orçamento do consumidor paulista. Os fatores foram a greve dos caminhoneiros, os custos de energia elétrica e a alta do dólar”, explicou Thiago Berka, economista da APAS.
Afinal, o vilão na alta de preços ficou com o tomate que subiu 82% e impactou toda uma cadeia de alimentação e de produtos industrializados.
