Alckmin cita devoto de São Geraldo às vésperas de entrar em campanha

  Piadista incorrigível, interiorano típico que adora encostar no balcão da padaria, tomar café e trocar uma prosa, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) aproveitou ontem cedo aquela que pode ser a sua última visita oficial ao ABC, enquanto comandante do Palácio dos Bandeirantes, para relembrar “historinha que dizem ter acontecido com Tancredo Neves”. E citou quando o político perdeu a eleição de 1960 ao Governo de Minas, para  Magalhães Pinto, e reclamou com um conhecido, que recomendou devoção a São Geraldo, que jamais abandonara seus “devotos”. E Tancredo disse: “São Geraldo abandona seus devotos”. Pouco tempo depois, Jânio renunciou, Jango “inventou um parlamentarismo” e elegeu Tancredo primeiro-ministro. O amigo do mineiro mandou, então, um recado a ele: “São Geraldo não abandona devotos”. Dê votos
Certamente, foi pensando nisso que o matreiro Alckmin reverenciou São Geraldo. Com a fé de que ele “dê votos”. Futurologia
E se depender do prefeito Orlando Morando (PSDB), Alckmin pode apostar na vitória. Ao fazer mais um pedido (ele mesmo classifica-se como pidão), o chefe do Executivo de São Bernardo foi mais do que otimista: “No ano que vem quando o senhor estiver em Brasília,  espero ser atendido…” Marun
Porém, ontem o ministro Carlos Marun, titular da Secretaria de Governo, braço direito, esquerdo e central do presidente da República, praticamente garantiu que Michel Temer tentará a reeleição. Cobertorzão
Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, filiou-se ao PRB (Partido Republicano Brasileiro), de Celso Russomano, para concorrer à Presidência da República. Caravana
Agora, Rocha cumpre agenda pelo País, com visitas já previstas a mais de 20 Estados.
 Apelo negado
O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julgou a apelação criminal dos empresários Ronan Maria Pinto, Natalino Bertin e Enivaldo Quadrado, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e do economista Luiz Carlos Casante. Eles tiveram as condenações por lavagem de dinheiro confirmadas pela 8ª Turma. Ronan
Apenas Ronan teve a condenação em 5 anos mantida pela corte. Os demais tiveram a pena aumentada com base na culpabilidade negativa, ou seja, no fato de os réus terem condições sociais e intelectuais de reconhecer e resistir à prática do ilícito e, ainda assim, praticá-lo. AbsolviçãoA turma manteve a absolvição do jornalista Breno Altman e do executivo Sandro Tordin, também denunciados no processo por lavagem de dinheiro. Os fatos
O processo seria desdobramento dos atos delituosos praticados pelo ruralista José Carlos Bumlai e o Grupo Schahin. O empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo Banco Schahin a Bumlai foi repassado metade para a empresa Betin e outra metade para a Remar Agenciamento e Assessoria, tendo esta última repassado o valor quase totalmente a Expresso Nova Santo André, com o destinatário final sendo Ronan. Fraudulentas
A Justiça concluiu que essas operações seriam fraudulentas.