Politica

Editorial – Yo no creo em brujarias, pero…

  A urna eletrônica não é usada em países líderes da produção de software e hardware de ponta senão em casos restritos. Nossa engenhoca – que ainda não dá recibo do voto e cujo embaralhamento de dados decorre de criptografia primitiva – trabalha com hardware/software incipientes que não competem com os mais prosaicos celulares.  
Feita para um país escravo da tecnologia dos países líderes, depende também dos seus sistemas de comunicação mundiais. Se um alucinado, nos USA, resolvesse cortar as comunicações dos clientes de seus satélites e servidores, o faria com um simples toque de botão ou tela. Ademais, quem controla o sistema, controla o fluxo de informações… 
Claro, nenhum computador ou rede é 100% seguro (que o digam a NASA, o Pentágono, o FBI) e, para cada novo padrão de segurança, tem um cracker e/ou um hacker com o dedo no gatilho. Isso, se a treta já não vier embutida na programação, nossa maior suspeita. 
Dias atrás o presidente do TSE, Gilmar Mendes, jurou pela inviolabilidade do treco.  Mas um grupo técnico, chefiado pelo perito da Polícia Federal Ivo de Carvalho Peixinho, num teste, extraiu a chave secreta usada para proteger as mídias da urna eletrônica usando “engenharia reversa”. A partir daí, é uma festa! 
Assim, melhor vejamos essa geringonça lembrando o velho refrão espanhol: “Yo no creo em brujarias… pero que las hay, las hay!”.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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