Politica

Editorial – Multidões

 “O sol é a tônica das multidões”, citam alguns analistas. Sem citar os grandes movimentos da humanidade, desde o Êxodo até a queda do Muro de Berlim e passando pela revolução cibernética globalizante, vejamos alguns casos ocorridos aqui, no “País das Maravilhas”. 
Grandes manifestações derrubaram Getúlio Vargas, em 1.954 e João Goulart em 1.964; a ditadura militar subsequente em 1.984 e tiraram do poder Collor de Mello em 1992 e Dilma Rousseff em 2.015. Ato seguido, dissolveram-se.  
O “sol das multidões”, em todos os casos, foram os desígnios das “classes dominantes” nacionais, subalternas ao poder onipresente do sistema financeiro internacional e às metas geopolíticas dos Estados líderes do Ocidente, os vinculados à OTAN. O pasto é pródigo e a propaganda é a alma de seus negócios.  
Tentar avaliar a política pelas modernas manifestações virtuais das redes sociais, é cometer erro crasso. É muito fácil tomar posições radicais martelando um celular ou teclado, desde defender ferozmente canalhocratas de carteirinha a bater, histéricos, nas portais dos quartéis. 
Cessados perigos supostos ou reais, some o “povo” das ruas e, as multidões, voltam aos seus afazeres juntando-se, contudo, festeiras exclusivamente em espetáculos passionais como futebol, marchas sexuais ou religiosas, carnaval e afins. Afastadas as feras mais perigosas, as manadas pastam, despreocupadas, novamente.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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