Editorial – O começo do começo
Assim é que a elite da esculhambação no Congresso já começa a “fazer o diabo” para desfigurar a proposta, preparando o contrabando de incluir, num texto límpido, a tese de “abuso de autoridade”, visando especificamente a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal no contexto da Lava Jato. Querem, porque querem, tirar o fiofó da reta.
Temos 35 partidos sem representatividade e, com raríssimas exceções, políticos que só representam a si mesmos, sendo suas melhores caricaturas as personagens do “Deputado João Plenário” – criada e interpretada por Saulo Laranjeira entre 1994 e 2016 no “A Praça é Nossa” – e do “Deputado Justo Veríssimo” – do notável e saudoso Chico Anysio.
Acabar com o “Foro Privilegiado” é essencial para limpar o país dos quadrilheiros no poder, representando o início do fim de uma era deplorável e o começo da construção da democracia que o país necessita: justa, equânime e eficiente. Mas, sem a pressão permanente e decidida da cidadania, a bandidagem seguirá impune em seus desmandos e nós, pagando a suruba…