Editorial – Sobrevivemos!
Sabe-se, ao menos, com o quê se lida. Não se tratam embolias típicas, mesmo as cerebrais, com remedinhos para unha encravada, pois não? A trombose da dívida pública está em cerca de quatro trilhões de reais (ninguém sabe ao certo) e os juros e serviços decorrentes consomem 46% do orçamento do país.
Daí não haver dinheiro para saúde, segurança, educação, infraestrutura e investimentos, graças à irresponsabilidade e incoerência, inconsequência e insanidade da casta política; porém, dela não é a culpa. Insistamos mais uma vez: o representante eleito, do município à União, não chega “lá” sozinho. Alguém tem de votar nele. E ele é a cara, o reflexo, o álter ego do representado. Por mais inóspita e desagradável que seja tal realidade, é a que temos. Mudá-la exigirá um trabalho desgraçado durante décadas, monumental paciência e inabalável persistência.
De nada adiantará, como querem alguns, recorrer a algum tipo de deuses. Se houver algo de metafísico nessa coisa só poderá ser obra do Tinhoso. Certo?