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Um ataque a cada três dias?

 

Quando há algum caso de agressão ou violência contra alguma pessoa ou entidade, seja ele relacionado a algum tipo de preconceito, intolerância ou não, é a imprensa que traz isso a público de forma responsável e objetiva.
Para que, de forma direta, a população tenha conhecimento do fato inaceitável e algo seja feito para que não se repita. Não é somente o simples fato de noticiar tal acontecimento.

 

Agora o cenário muda, e qual o sujeito do texto jornalístico é o próprio jornalista? Vamos ser mais claros: e quando o profissional de imprensa é a vítima de uma agressão ou ameaça?

Também temos o dever de denunciar isso e expor essa realidade que existe em nosso país.

 

Como aceitar que a imprensa brasileira sofreu, em média, um ataque a cada três dias, somente no ano passado? É isso mesmo, caro leitor. O número de jornalistas agredidos fi sicamente aumentou 8% em 2023, totalizando 80 profi ssionais.

 

Isso só nos faz relembrar casos que aconteceram durante o governo passado, em que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, repudiavam totalmente a TV Globo e quem pagava o ‘pato’ eram os funcionários da emissora que, se quer, tinham a ver com a ideologia da empresa.

Estavam naquele local somente para exercerem sua profissão.

 

 

Quantos repórteres e cinegrafi stas, por estarem com o uniforme ou com o famoso microfone, foram vaiados, impedidos de trabalhar e até agredidos.

 

Independentemente de política, aquele profissional estava trabalhando e nada justificava aqueles atos. O mesmo aconteceu com outros profissionais da imprensa de modo geral na cobertura dos ataques a Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Um relatório da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão aponta que a alta de agressões no ano passado se deu por conta dos atos e dos dias seguintes.

 

Temos outra eleição a vista, desta vez municipal e sem a polarização que tivemos em 2022.

 

Por mais que existam lados opostos na política, o respeito para com o profi ssional de imprensa deve existir. Lembrando também que além dos físicos, ataques virtuais também vêm crescendo. Desde 2019, como apontou o levantamento, foram registrados 10 milhões de agressões no âmbito das redes sociais.

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