MARCOS FIDELIS
A crise na saúde pública de Diadema tem sido uma preocupação crescente para os cidadãos. A falta de estrutura nos serviços de saúde tem gerado longas filas, precarização no atendimento e, ainda mais alarmante, a ausência de leitos de UTI Pediátrica, conforme denúncia do vereador Eduardo Minas – PP.
“Não existem leitos de UTI Pediátrica em Diadema. A gestão do prefeito Filippi tem deixado de olhar para o que é prioridade e simplesmente esquecido de cuidar do básico”, destaca o vereador, evidenciando a negligência na gestão da saúde municipal.
Apesar das solicitações e questionamentos anteriores (datados de 2022), a situação persiste. Em resposta a questionamentos anteriores, em um documento obtido com exclusividade pelo REPÓRTER, a prefeitura reconheceu a falta de leitos de UTI Pediátrica no Pronto Socorro Central, porém, dois anos depois, a problemática continua sem solução, conforme reitera o vereador Minas.
Atendimento
A gravidade da situação é evidenciada pelo fluxo de pacientes que buscam atendimento em municípios vizinhos, como São Bernardo. O vereador Almir do Gás – PSDB, de São Bernardo, relatou ao REPÓRTER que cerca de 40% dos atendimentos em UBSs e UPAs em áreas próximas são de moradores de Diadema.
“São Bernardo jamais vai deixar de atender pacientes, mas precisamos que cada prefeitura faça sua parte”, ressalta Almir do Gás, destacando a necessidade de uma ação urgente por parte da gestão diademense para resolver a crise na saúde.
O deslocamento de pacientes para outras localidades é uma realidade constatada pela equipe do REPÓRTER durante visita à UPA Paulicéia, onde foi observado um considerável número de diademenses em busca de atendimento. Fabíola (nome fictício), moradora de Diadema, relata sua experiência ao buscar cuidados médicos em São Bernardo.
“Aqui (na UPA Paulicéia) é mais rápido, meu esposo precisava passar no médico, aqui tem medicação e tudo mais, coisa que na UPA Eldorado não tem”, relata Fabíola, destacando as deficiências no sistema de saúde de Diadema e a recomendação de profissionais locais para buscar atendimento em São Bernardo.
Além das consequências diretas para os pacientes, a crise na saúde de Diadema já atraiu a atenção do Ministério Público, evidenciando a gravidade e urgência na resolução desses problemas. Questionada, a Prefeitura de Diadema optou por não responder ao REPÓRTER.
