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A corrida eleitoral já começou

O prazo para as filiações partidárias e estabelecimento de domicílio eleitoral, visando a disputa de cargos eletivos nas eleições municipais de outubro, vai até o dia 06 de abril. E a movimentação dos atores do processo político anda de vento em popa, por diversas cidades brasileiras.
As eleições municipais são o retrato do Brasil real. Nas cidades, onde tudo acontece (absolutamente tudo), é possível enxergar um país imerso em dificuldades, principalmente naquilo que seria o básico. Milhares de cidades que ainda não possuem serviços de saneamento básico e pavimentação, é um exemplo claro e profundo de um Brasil desigual, que necessita, com a máxima urgência, passar por um processo de metamorfose, priorizando, sobretudo, investimentos que são imprescindíveis para o desenvolvimento das cidades.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que mostra que o Brasil possui 367 mil domicílios sem banheiro, sanitário ou buraco para dejeções. Ao todo, isso representa 1,2 milhão de brasileiros. E sem a menor sombra de dúvida, esse retrato será abordado em muitos discursos de candidatos a prefeitos e vereadores, nos mais de 5 mil municípios do país.
Todos, nas mais diferentes
esferas governamentais (municipal, estadual e federal) sabem exatamente a grandiosidade dos problemas. Tanto sabem que, por reiteradas vezes (e eleições), requentam promessas antigas, que quando levadas para o campo da efetividade e da execução – pois é o que realmente interessa para a população -, passam a ser solenemente ignoradas pelos que estão nos mais altos escalões do poder.
Que a corrida eleitoral já começou, isso é fato. Mas que os pré-candidatos não se preocupem apenas com a formação de suas federações partidárias e a consolidação de alianças.
Que se preocupem, acima de tudo, com a elaboração de planos de governo exequíveis e de acordo com a realidade da população que mais necessita dos serviços públicos. De preferência, serviços de qualidade, compatíveis com o valor cobrado em carnês de IPTU pagos pela população de cada cidade, e que pouco (ou quase nada) se vê de retorno efetivo, através de investimento em políticas públicas, com suas raríssimas exceções, evidentemente.

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