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Cinema Filme sobre indigenista Fernando Schiavini estreia em São Paulo

Sinopse- “De Longe Toda Serra é Azul”, dirigido por Neto Borges, conta emocionante trajetória junto aos Krahô e outros povos originários.

Seleucia Fontes

Todos nós temos histórias para contar, mas algumas são tão emocionantes e cheias de aventura que poderiam gerar livros e filmes. É o que ocorreu com a vida do indigenista e escritor Fernando Schiavini. Nesta segunda, 23, “De Longe Toda Serra é Azul” será exibido na Cinemateca Espaço Petrobras, às 19h, dentro da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Uma segunda exibição está marcada para o dia 28, às 18h10, na Cinemateca Sala Grande Otelo. Neste mesmo dia, Schiavini, que está em São Paulo, lançará a quarta edição do livro.

Dirigido por Neto Borges, o longa documental é baseado no livro homônimo de Fernando Schiavini, e revisita os lugares e aldeias por onde passou a partir da década de 70. Com Zeca Baleiro na trilha sonora original e participação especial do ator Caio Blat, como narrador, o longa-metragem em estilo “doc-ensaio” foi financiado pela Ancine.


Fernando Schiavini soma mais de 40 anos de dedicação à causa indígena_Arquivo

Roteiro       

No filme, Schiavini revisita aldeias na Amazônia, onde atuou nas décadas de setenta e oitenta, culminando com tomadas nas aldeias do povo Krahô, no Estado do Tocantins, etnia com a qual o indigenista ainda mantém forte ligação.

Além de registrar a trajetória de Schiavini, o filme resgata a história do indigenismo brasileiro republicano, inaugurado por Marechal Rondon, que teve seguidores ilustres, como Darcy Ribeiro, irmãos Villas Boas, Francisco Meirelles, José Porfírio de Carvalho, entre outros.

Quem é Schiavini

Fernando Schiavini, indigenista renomado de Ituêta, Minas Gerais, com 70 anos de idade, iniciou sua carreira no indigenismo nos anos 70 como “Chefe de Posto Indígena” pela Funai na Amazônia. Juntamente com um grupo combativo de indigenistas, ele desafiou as políticas do governo militar, transformando a Funai em uma defensora dos direitos indígenas.

Após enfrentar demissões, processos e proibições governamentais, Schiavini foi anistiado em 1993, retornando à Funai após oito anos de trabalho em ONGs. Ele é autor de quatro livros sobre temas indígenas e indigenistas.

Fernando Schiavini recebeu prêmios nacionais e internacionais por seu trabalho na recuperação de sementes tradicionais indígenas, impulsionando a criação das Feiras de Sementes Tradicionais entre os Krahô e outros povos indígenas, tornando-se política pública.

Além disso, ele é o idealizador da Aldeia Multiétnica, na Chapada dos Veadeiros (GO), e desenvolve programas de etnoturismo em parceria com a empresa Tekoá Brasil junto ao povo Krahô.

Mesmo após a aposentadoria, Schiavini continua ativo como ativista político nas redes sociais e apoiador de projetos que beneficiam aldeias indígenas.

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