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Pesquisa da USCS discute a inserção de bebês em Espaço Institucional

Estudo investiga impactos que a inserção de bebês em espaços institucionais pode trazer ao desenvolvimento infantil

 
Como tem ocorrido a interação de bebês e suas(seus) cuidadoras(es) institucionais e, quais os seus efeitos para o desenvolvimento psicomotor e social? Estas foram as perguntas que nortearam a pesquisa de Iniciação Científica da aluna Andressa de Angelis do Prado, do curso de Psicologia, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). O estudo foi orientado pela Profa. Dra. Rebeca de Cassia Daneluci.
 
De acordo com Andressa, o objetivo geral de seu trabalho era o de investigar quais impactos a inserção de bebês em espaços institucionais pode trazer ao desenvolvimento infantil, assim como outros fatores que envolvem este processo, como os aspectos psicoemocionais das figuras parentais e dos cuidadores do infante no berçário. “A ideia inicial da pesquisa foi de realizar observações dentro do ambiente escolar e coletar informações sobre o desenvolvimento psicoemocional e psicomotor dos bebês em conjunto com suas interações com seus cuidadores. Todavia, devido à pandemia do Covid-19, não foi possível a realização deste trabalho de modo presencial, fazendo com que se iniciasse uma investigação bibliográfica que atendesse minimamente ao tema escolhido e elaborado anteriormente, visando trazer novas discussões ao universo da primeira infância”, explica a aluna.
 
Dessa forma, mesmo com alterações metodológicas em relação à proposta inicial, Andressa explica que, através da literatura, tornou-se possível desmistificar tabus que pairavam sobre o vínculo mãe-bebê, assim como investigar aspectos como se dá inserção de infantes em espaços institucionais, explorando inclusive fatores que podem facilitar ou não este processo. “As resoluções do estudo expressam a complexidade do processo de adaptação, o qual envolve elementos da dinâmica mãe-bebê, do desenvolvimento psíquico e motor do bebê e do desempenho da creche quanto a sua função de não apenas educar, mas inclusive, cuidar”, lembra a aluna.
 
Andressa salienta que na pesquisa coube trazer a discussão acerca do desafio enfrentado pelas cuidadoras, de precisarem suprir as necessidades dos infantes sendo que a demanda de quantidade de bebês é superior a quantidade mínima de profissionais por sala. “Desse modo, entende-se que as instituições educativas deveriam oferecer, além de condições básicas de higiene e alimentação, uma atenção específica para cada faixa etária do bebê acolhido para que o mesmo se desenvolva emocional e educacionalmente enquanto experiência ímpar”, reforça a pesquisadora.
 
Entre os resultados de sua pesquisa, Andressa lembra que, no que tange o desenvolvimento infantil, o ingresso de bebês em ambientes coletivos como alternativa de cuidado fora do âmbito familiar, pode ser considerado benéfico ao processo de socialização, de estimulação do sistema sensório-motor por meio de atividades e brincadeiras, além da elaboração de conteúdos internos que podem ser expressos durante estas atividades na instituição de acolhimento.
A orientadora da pesquisa de Iniciação Científica de Andressa de Angelis do Prado, a Profa. Dra. Rebeca de Cassia Daneluci, destaca a importância desse estudo: “Uma vez que as instituições tem recebido bebês cada vez mais novos, o que está diretamente relacionado com a necessidade dos pais, principalmente as mães, retornarem ao trabalho, antes mesmo do previsto em Lei, já que o número de trabalhadoras informais, sem direito à licença maternidade tem aumentado. Reportagens mostram que creches no Estado de São Paulo têm recebido bebês de 2 a 4 meses, sendo o que usual era a partir dos 4 a 6 meses”, lembra Rebeca.
 
O Programa de Iniciação Científica da USCS é voltado aos estudantes de graduação, servindo de incentivo à sua formação, despertando vocações científicas e incentivando talentos potenciais dos estudantes de graduação na vida acadêmica, a partir do desenvolvimento de pesquisas com mérito científico.
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