Sérgio Moro, excelente nas duas décadas de judicatura, cometeu erro simplório –
senão crasso – ao trocar o tribunal pelo ministério. Esqueceu um ditado sertanejo que
diz: “quem anda com porcos, farelo come”. Saiu com uma mão na frente e outra atrás.
Cometerá outro se entrar na péssima política de rosnar e latir de volta para cachorro
louco. Não tem partido e nem claques organizadas, apenas impressionante número de
admiradores de sua biografia. Mas, está sozinho nessa trifurca…
Derrubar a Lava Jato blindando quadrilhas apoderadas é um objetivo estratégico,
adrede concebido, ao cercearem o COAF, quebrar a regra de prisão em segunda
instância, instituírem o juiz garantias, a lei de abuso de autoridades etc. etc. etc..
A transformação da PF – órgão de Estado – em bate-paus do poder e eventualmente a
secção do Ministério da Justiça exumando o Ministério da Segurança, através de
nomeações de compinchas adrede selecionados, são fatos determinados e deletérios.
Não parecem esquisitices ou chiliques de governos contraditórios, mas um projeto de
poder imperial reunindo a escória da casta política, no qual o cerco vai-se fechando
passo a passo, com apoio dos áulicos da corrupção e medidas totalitárias.
Oxalá que não! Teremos tempos dificílimos à frente, talvez bem menos por conta da
pandemia do Covid-19 e mais devido às incontíveis imbecilidade e estupidez
humanas…
