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Aluguel pode morder até 14% do custo total do negócio

Comerciantes sentem os efeitos negativos da pandemia

CELSO M. RODRIGUES

O comércio, um dos setores que mais sentiu com os efeitos negativos com a pandemia do Covid-19 (Coronavírus), já que reúne muitos micro, pequenos e até médios empreendedores, além de estar amargando dois meses de faturamento reduzido ou zerado, tem que lidar com as contas que chegam mensalmente. O gasto com aluguel de imóvel comercial utilizado por empresas pode passar de 4% do custo total do negócio, já no comércio esse percentual pode chegar a 14%, ou mais, quando falamos de shoppings e outras áreas privilegiadas. Para contornar a situação, muitas vezes, conversar e tentar entrar em um consenso é a melhor saída.

“Agora é hora do bom senso”

De acordo com Nelson Freire, proprietário da Freire Imóveis e delegado Regional do Creci-sp em São Caetano, este momento não é hora de tirar vantagem. “Agora é hora do bom senso, coerência e carinho na negociação. O bom pagador pagou este mês, porque trabalho até dia 20. Em maio teremos um problema maior. Temos bastante locação com área médica, delivery, pessoal que não parou dia nenhum, isso não cabe negociação”.

Além disso, Freire exemplificou com o que adquiriu de conhecimento em uma reunião. “Tivemos uma reunião como Augusto Viana, presidente Creci, e ele deu uns exemplos. Ele tem um restaurante presencial e negociou para pagar condomínio e IPTU, em contrapartida, tem pizzarias trabalhando normal, delivery, não tem porque fazer desconto”.

“o proprietário tem que negociar”

Portanto, ter um comércio fechado e, consequentemente, não ter receita, por motivos de pandemia, é algo que o proprietário deva olhar com mais sensibilidade na hora de negociar. “O comerciante tem um bar e não poderá abrir até segunda ordem, o proprietário tem que negociar”, incentiva o delegado regional.

Sobre o afrouxamento do isolamento social, por exemplo, Freire é mais liberal. “Quanto mais demorar para abrir, pior vai ser, tudo depende 100% do bom senso e consciência de cada um. O comércio entrou em contato com a Prefeitura. Teria que ser liberado 100%, desde que todos trabalhassem dentro das exigências de higiene, com polícia na rua, sem aglomeração, com álcool gel, luvas”, sugere.

Para Freire, essa pandemia vai fazer com haja mudanças. “O que precisa é o povo se conscientizar. A hora que voltar, teremos que reinventar, se não trabalho de sábado, terei que trabalhar, se fechamos às cinco, fecharemos às seis”, projeta e se mantém otimista, “Tenho certeza que a economia volta a todo vapor”

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