GM será líder de força-tarefa para consertar respiradores do Brasil

Celso M. Rodrigues

A GM anunciou, quarta-feira, que ajudará o Brasil no combate ao Covid-19 (Coronavírus), consertando todos os respiradores que estão com defeito no país por meio da Iniciativa + Manutenção de Respiradores. Foram localizados mais de 3 mil aparelhos parados, mas o número pode aumentar. A montadora ficará responsável por buscar os equipamentos, enviar até uma fábrica e devolvê-los. O Brasil tem mais de 2 mil casos confirmados.

A iniciativa conta com a GM, Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Abeclin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica), Ministério da Economia, e outras montadoras. O equipamento é essencial para tratar pacientes graves com o Covid-19. A GM vai liderar esse movimento, que será coordenado por Dr. Carlos Sakuramoto, gerente de inovação da GM.

Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano

Consequentemente, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato, a preocupação é após dia 13.“Estou conversando, e não é de hoje, com a empresa para seguir o melhor caminho a partir de 13 de abril, os trabalhadores estão em férias coletivas e já receberam o dinheiro das férias entre hoje e amanhã (ontem e hoje)”.

Cidão falou sobre a força-tarefa, “o pessoal está sendo treinado para trabalhar nessa questão, mas ainda não chegaram os equipamentos para a manutenção, para isso a empresa tem quadro de funcionário que está trabalhando nos serviços de manutenção, essenciais da empresa”.

Portanto, Dr. Sakuramoto afirmou que os preparos já estão em andamento. “Neste momento, em paralelo ao levantamento que está sendo feito do número, localização e modelo dos equipamentos parados, estamos treinando virtualmente nosso corpo técnico voluntário e preparando salas nas operações da GM no Brasil para realizarmos os reparos na semana que vem”, declarou. “Colocamos a nossa expertise, instalações e força de trabalho voluntário técnico à disposição das autoridades. Este é o momento de usarmos todas as armas que temos contra este vírus e a GM fará tudo o que está ao seu alcance para ajudar o Brasil e o mundo a passarem por este momento difícil”, disse Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.

Entretanto, Cidão lembrou: “Se houver necessidade de ficarmos em casa teremos que ter um acordo que seja viável para as partes, menos penoso aos trabalhadores e que a empresa tenha condição de arcar com isso. Temos que pesar e colocar o ponto de equilíbrio. Respeitamos e defendemos os direitos dos trabalhadores, preocupados com a saúde deles, mas temos que ver a questão de produção, não tem quem aguente arcar com compromisso se não entra”.