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Mais um viaduto que não cruzava rio e o debate à véspera da inauguração

De 18 do Forte a Adib Chammas, mais um viaduto que não cruzava o rio e o debate sobre a mão à véspera da inauguração

Os projetos dos viadutos de Santo André nasceram nos anos de 1974/1975, gestão do engenheiro civil e sanitário, matemático, economista e atuário Antonio Pezzolo.

Por economia (e também pelo preconceito que imperava em relação àqueles que moravam “do lado de lá da linha”, ou do “lado de lá do rio” – Tamanduateí); decidiu-se no governo que nenhum dos viadutos cruzaria a linha férrea ou as águas.

Mão única

O projeto inicial era muito maior, previa várias alças, mas, como sempre, por questões financeiras; optou-se por uma pista só, de mão única, vindo do segundo subdistrito para o primeiro”; lembra o então estagiário na Secretaria de Obras, arquiteto Epeus Pinto Monteiro; que depois chegou a dirigir o Departamento de Trânsito, a EPT, foi secretário-adjunto na Prefeitura e hoje está aposentado.

Epeus lembra um caso no mínimo curioso às vésperas da inauguração, em 28 de outubro de 1981: “Com a redução do projeto de Rodolpho Mansueto Dini, um homem de planejamento de primeira grandeza, ficou uma mão só. Faltando pouco para inaugurar, o Coronel Euclides Rizzaro, diretor de Trânsito, nos mandou colocar a sinalização de mão única. O vice-prefeito e secretário de Transportes e Serviços Urbanos, Timóteo Moia Sanches, passou por lá e ficou uma fera, falou que estava errado, que a mão seria do primeiro para o segundo subdistrito. O coronel Rizzaro pegou o rádio, falou com Grillo, que em 5 minutos resolveu o impasse: quem manda sou eu. Fiquei morrrendo de medo, porque, como se sabe, no fim sempre sobra para o estagiário”. Epeus hoje conta o episódio com muitas risadas.

Epeus

Epeus lembra igualmente com muito carinho que entrou na Prefeitura como estagiário de arquitetura em 1978; na Secretaria de Obras, Departamento de Obras Públicas, sob o comando de Walter Araújo, o Museu. “Ele tinha uma equipe de seis ou sete engenheiros, e eu fiquei quase sete meses na fiscalização”, conta.

Também lembra que a obra foi feita pela Engeral, e o engenheiro da Prefeitura responsável por acompanhar a obra foi Paulo Roberto Pires, que trabalhou até um mês atrás no Semasa, mas afastou-se por problema de saúde.

Além disso, lembra ainda Epeus que a inauguração de 1981, quando o viaduto tinha o nome de 18 do Forte; teve a presença do empresário Adib Chammas; que comandava o Moinho São Jorge, e mais tarde passou a ser o nome do viaduto.

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