Editorial

Voo de galinha, voo de urubu

Que um ex-presidente condenado por corrupção cumpra pena em cela especial, com mordomias mil, já é uma vergonha. Pelos crimes cometidos contra o país deveria estar junto com o Marcola ou o Beira-mar, num presídio de segurança máxima.

Que receba livremente, em seu “castelo”, a visita de um consabido conspirador internacional, o Glenn Greenwald – vulgo “Verdevalda”- para conferir pormenores e avalizar o projeto da “Grande Conspiração” contra a Lava Jato é uma indecência.

Arquitetado nos mínimos detalhes por seus sicários da Central Única da Corrupção, o ataque contra procuradores, juízes e policiais federais comoveu o país que, aliás, só é comovido por tragédias e escândalos. Foi e ainda é um prato feito para o jornalismo sensacionalista e delirante, militante e cooptado.

Bastou, porém, a ação rápida e eficiente de uma operação investigativa da PF – a Spoofing – e os tarefeiros da base foram identificados e presos. Recebido o núcleo das perícias do produto de crime; bastaram quatro dias para o delegado Zampronha – aquele que detonou o Mensalão – engazofilar os correrias. E abriram o bico.

O voo de galinha dessa tramoia burra será curto. Todavia, permanecem ativos os complôs das cúpulas judiciárias e parlamentares, capazes de voos de urubus, que pairam indefinidamente pelos céus. Inatingíveis, são capazes de tudo. É aí, de fato, onde mora o perigo…

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