A queda de uma laje do Edifício Thiene, em São Caetano, é desastre anunciado. O caso desse “elefante branco” ilegalmente ocupado, na esquina da Heloísa Pamplona com a Francisco Matarazzo, arrasta-se há décadas.
É caso complexo, com numerosas ações de usucapião e processos de disputas de posse e propriedade, além de inúmeras anomalias. Isso sempre foi flagrante, inclusive com prefeitos e vereadores anteriores, mas nada justificaria um desastre há muito tempo anunciado.
Aliás, a falta de fiscalização rigorosa e ações concretas da Defesa Civil – dentre outros órgãos públicos – no último meio século não isentam a atual gestão de responsabilidades. Aquele tugúrio nunca teve condições mínimas de moradia.
O ocorrido no domingo, 08/06/19, com a queda parcial da estrutura, é resultado de inércia, inépcia e descaso de administrações seguidas, sem exceções.
A atual tem, ante o fato, a ocasião de pôr um fim nessa mancha inaceitável em nossa cidade; havendo vontade política. Recursos há, assim como meios jurídicos, ainda mais sendo objeto de ilegalidades.
Outro “elefante branco” imposto no centro e abandonado é o antigo edifício do “Cine Vitória”, no cruzamento da Roberto Simonsen com a Baraldi. Com uma fiscalização correta, seria inevitavelmente interditado. Em casos que tais, vale a aplicação regrada do Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular.
