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Guaianazes, do presidiário Ronan, é alvo de protestos

Os usuários da Viação Guaianazes sofrem e protestam contra os péssimos serviços prestados pela empresa de Ronan Maria Pinto, preso há um ano em Curitiba, dos quais nove meses atrás das grades e nos últimos três meses em regime semiaberto, com tornozeleira.

Ronan está preso há três meses com tornozeleira após nove meses em cela

JOAQUIM ALESSI

Hoje faz exatamente três meses que Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC e de empresas de transporte coletivo (leia reportagem na página 6), está preso em regime semiaberto harmonizado, com tornozeleira, em Curitiba, o que lhe permite contatos e articulações com políticos da região, que compartilham de seus planos.

CORRUPÇÃO

Preso na Capital paranaense desde 2017 porque foi condenado pelo envolvimento direto em esquema de corrupção no setor de transportes públicos de Santo André, na gestão do ex-prefeito Celso Daniel (PT), Ronan Maria Pinto conseguiu migrar para o regime semiaberto harmonizado por decisão da Vara das Execuções Penais de Curitiba, mas  pode passar o dia fora da carceragem, receber “amigos” com interesse em parcerias, mas é obrigado a usar tornozeleira.

IMÓVEL
Em 1º de março deste ano, a revista Isto É publicou que o advogado do empresário preso, Fernando José da Costa, declarou que Ronan já estava hospedado em hotel de Curitiba, mas pretendia alugar um imóvel. Ele tenta outra medida na Justiça para poder voltar a atuar no ABC.

Direitos Humanos
Ainda segundo a revista, o advogado explicou que a decisão é aplicada pela Vara do local devido à falta de vagas em regime semiaberto no Estado do Paraná.

“Esse entendimento deveria ser aplicado por todos os juízes para evitar a superlotação carcerária e desrespeito a direitos humanos, cumprindo-se uma Súmula Vinculante 56 do STF (Supremo Tribunal Federal)”.

R$ 6 milhões
Ronan Maria Pinto, segundo as investigações, recebeu R$ 6 milhões do esquema de corrupção na Petrobras e foi alvo da Operação Lava Jato.

R$ 12 MILHÕES

A quantia, apurou o MPF, foi repassada por meio de um empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin. Deste total, os outros R$ 6 milhões teriam sido destinados a campanhas eleitorais com apoio do PT.

QUADRILHA
O histórico de Ronan Maria Pinto, porém, é bem anterior a todo esse processo. Quando ainda era deputada federal, em 2015, a hoje senadora da República, Mara Gabrilli (PSDB), afirmou na CPI do BNDES, na Câmara, para todo o Brasil assistir:

Eu sei o que é ter uma família devastada. Minha família é de Santo André. O meu pai (Angelo Gabrilli) era concessionário, e na gestão Celso Daniel foi criada uma quadrilha lá em Santo André que extorquia empresário. Essa quadrilha agia armada. Não era só um pedido de caxinha. Todo mês tinha o dia certo para a quadrilha ir lá. Essa quadrilha era formada por Ronan Maria Pinto...” E aí ela cita outros integrantes em seu grave depoimento.

DESGOSTO
Até hoje Mara atribui a morte de seu pai à tristeza e desgosto após ter sua empresa “roubada pela quadrilha”.

MAIS CONDENADO

Arnaldo Augusto Pereira, secretário de Planejamento de Santo André na gestão Aidan Ravin foi condenado a 18 anos, dois meses e 12 dias de prisão pelos crimes de concussão (propina cobrada por funcionário público) e lavagem de dinheiro.

R$ 1,17 MILHÃO
Pereira foi condenado por ter exigido e recebido R$ 1,17 milhão de propina de construtora para liberar alvará de construção de condomínio residencial de 15 torres na cidade.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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