AtualidadesFilmesHomeSão Caetano do Sul

Ator, músico e cantor de São Caetano do Sul Elvis Suhadolnik Bonesso brilha na Irlanda

JOAQUIM ALESSI

Dos bancos escolares do Tijucussu Pueri Domus ou do Alcina Dantas Feijão,

em São Caetano do Sul, onde nasceu, Elvis Suhadolnik Bonessa hoje brilha na Europa.

Mais especificamente em Dublin, Irlanda, para onde foi a fim de aprimorar o inglês e acabou refinando os dotes artísticos como músico, cantor e ator.

E atuou em séries de sucesso mundial, tipo Vikings, Game of Thrones e Faircity.

O sonho, porém, é apresentar-se no Brasil, mais especificamente no ABC, com sua banda, a Stone Sea.

Aos 27 anos de idade, Elvis tem incrível experiência.

Neto do renomado empresário Alarico Suhadolnik,

ex-presidente e membro do Conselho Superior da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul),

ele preferiu encarar os desafios em terras irlandesas com a cara e a coragem, embora não possa negar o DNA:

Alarico é o cantor que anima as festas da entidade empresarial, chamado de “o tenor da Aciscs”.

Família

Prova de que não queria depender da família, está em uma resposta:

“As passagens aéreas eram baratas entre países da Europa,

e acabei escolhendo aqui ao invés da nova Zelândia ou Austrália,

além de o visto brasileiro permitir trabalhar meio período e estudar.

Mas um ano não era suficiente e estendi o visto por mais oito meses, e ao fim do visto consegui a cidadania italiana, que me permitiu ficar por aqui sem preocupações.”

Sobre a experiência de vida, Elvis disse:

“Tem sido ótimo, boas experiências em vários sentidos e setores da vida,

conheci gente de tudo quanto é lugar, morei com italianos, mexicanos, espanhóis, japoneses,

é bem legal ter essa mistura de culturas, há muito a se aproveitar e aprender daí, especialmente a culinária.

Trabalhei como faxineiro, vendedor de bebidas em shows, recepção do hostel, montagem e desmontagem de palco para eventos (shows, jogos, corporativos),

ator coadjuvante e até palhinhas onde eu fico em foco, e agora a marcenaria, trabalho que eu já fazia com meu pai (Paulo Bonesso) no Brasil.”

Séries

Sobre as séries, Elvis comenta: “Eram ótimas. Para o Vikings há um open casting, onde você vai, preenche ficha com seus dados e medidas, e eles tiram foto sua.

Ao longo das gravações vão chamando as pessoas conforme eles precisam.

Sempre, em torno de uns dias antes, você vai para o ‘fitting day’,

de onde você sai com um traje que será somente seu ao longo da temporada.

Nos dias de gravação um ônibus fretado busca as pessoas no centro da cidade e leva para o set,

onde fazemos um “check-in” passamos, pegamos a roupa, vamos para maquiagem, cabelo e aguardamos até que as pessoas nos deem direções do que fazer, aonde ficar etc.

Para o Vikings e Game of Thrones há uma quantidade absurda de pessoas trabalhando,

especialmente em cenas de guerra.

Me recordo de quando gravamos uma cena em 2016, guerra da temporada 4B de Vikings.

Eram 400 coadjuvantes, 200 vikings e 200 saxões, e a cena que tínhamos de gravar era de os dois exércitos correndo de frente um para o outro.

Essa cena demorou um dia inteiro, e as lutas gravamos no dia seguinte.

Game of Thrones

Game of Thrones foi muito bom também, mas não cheguei a trabalhar por tanto tempo por conta de as gravações serem feitas na Irlanda do Norte.

Eram, da minha casa, torno de 4 horas para ir e 4 para voltar,

a guerra da última temporada, lançada nesse momento, gravamos à noite, e eram 12, 14 horas de gravação em campo aberto.

É bem frio pela noite aqui, especialmente com a eterna garoa irlandesa.

Faircity já é uma produção bem menor, é como se fosse novela da Globo,

geralmente fazemos tudo dentro de um estúdio.

Mas para todas essas produções você fica próximo aos atores,

e todo mundo tinha o bom senso de não incomodá-los, especialmente antes de gravar as cenas.”

A BANDA

Sobre a Stone Sea, Elvis afirma: “A banda está muito bem. Em 2017 gravamos um EP chamado “Vaporizer”,

e em 2018 finalizamos o nosso novo álbum chamado “Mankind Maze”, que estamos lançando no momento.

Estou marcando shows ao redor da Irlanda para o lançamento de cada música desse álbum.

Temos datas em Dublin e Cork, e recentemente foi confirmada uma data na Escócia, em Edimburgo.

Então, por hora, temos boas previsões para o futuro.

Tenho entrado em contato com agências de turnê também para ver se fechamos uma turnê no Reino Unido,

ou quem sabe na Europa, mas nada confirmado ainda.

Quando estava aí no Brasil pela última vez, em dezembro, acabei juntando membros antigos do Stone Sea e de bandas amigas para fazer um clipe de música gravada aí chamada “Slice Of Depth”.

Um grande amigo, Romulo Marin, dirigiu e gravou o clipe, e na edição tivemos outro amigo meu,

que cursou produção musical comigo, chamado Leandro Valverde, da Lumea Editora.

O clipe foi gravado na minha casa mesmo, com poucas ferramentas, minha mãe (Nanci) e minha namorada ajudando aqui e lá (minha mãe é a minha fã número 1),

e até minha tartaruga e meu gato deram uma palhinha no clipe.

Mas achei que o resultado final ficou muito bom, vamos lançar nesse ano ainda entre o lançamento do álbum novo.”

Estilo

O estilo do som é bem mesclado, e Elvis explica:

“Desde que vim para a Irlanda fiquei encantado com o leque musical das culturas que conheci

e achei muito interessante a ideia de mesclar vários estilos de música com o Stoner Rock (gênero que, resumindo, é baseado em Black Sabbath, fase Ozzy).

Então pegamos um pouco de Flamenco aqui, música latina lá,

Bossa Nova aqui e transformamos em algo um pouco mais lento e distorcido.”

Sobre tocar no Brasil, ele abre um sorrisão:

“Ah, assim que possível. Meu baterista irlandês aqui está louco para tocar no Brasil também,

mas como não tenho contato com agências de turnê é mais fácil fecharmos uma turnê na Rússia antes,

da qual já recebemos uma proposta. Mas gostaria muito.”

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo