Editorial

Editorial – O carnaval dos insensatos

Nem bem saídos do carnaval de uma das mais perigosas arapucas ideológicas da história do “País das Maravilhas”, na qual a escola vencedora foi a Lava Jato e, o destaque, Sérgio Moro e equipe, a suruba institucional prossegue impenitente.

As bandas do STF e do Congresso só voltarão à ativa na próxima semana. De um lado é pequeno alívio, teremos mais uns dias de menos porcarias. De outro, é mera prova cabal do desprezo que têm pelo país e suas dificuldades.

Invés de lamentações vãs e chororôs inúteis, se tivéssemos a persistência e coragem necessárias para desmantelar o sistema corrupto que se instalou no país há décadas, tal realidade seria outra. Não as temos senão ocasionalmente, fator determinante da “imortalidade” da canalhocracia, que se alimenta dos impostos e taxas que pagamos.

Como no Carnaval “moderno”, a orgia institucional explícita de muitos prevalece sobre a ingênua alegria solícita de poucos. Uma é capaz de qualquer bestialidade com tal de não largar o osso. A outra festeja irrelevâncias “mágicas” ocasionais, ídolos de papelão e suas ações, ostensivamente frívolas, ante a realidade.

Se temos corruptos dominando o país, por que a nação não se levanta? Diz-se, à boca pequena, que o preço da liberdade seria a eterna vigilância. Diríamos, parafraseando, que vigilância sem ação efetiva é fazer buraco n’água, algo tão trabalhoso quanto inútil…

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