Logo após apresentar seu pedido junto ao MP, Oliva enviou um vídeo aos seus amigos e eleitores, prestando conta do gesto, com uma mensagem direta e objetiva, na qual afirma: “Pessoal, boa tarde. Acabei de sai aqui do Ministério Público, aqui no Fórum de São Caetano do Sul, e aquilo que dentro do meu mandato, na atribuição fiscalizatória, eu não estou conseguindo prosperar via Câmara Municipal, os requerimentos de informações, e tudo mais, estamos encontrando outros caminhos. Então, protocolizei aqui umas questões hoje, conversamos bastante com a promotora; nada vai me calar, as retaliações que estão fazendo, podem continuar, nada vai me parar, eu estou aqui por vocês, nós vamos continuar a fiscalização do meu mandato”.
Logo em seguida, solicitado a explicitar melhor as informações que pretende, Cesar Oliva deu detalhes: “Nesse momento, o que eu levei adiante foi a questão da Festa das Nações, via requerimento de informações, negada em plenário, já que a base é maioria; mas eu juntei documentos, fotos, o que aconteceu na festa, pedi instauração do inquérito.”
Cesar Oliva disse estranhar bastante a forma como a festa foi feita, “aquilo que o Beto (Vidoski, vice-prefeito) falou para os vereadores, como tinha feito, que a festa era autosustentável, e fiquei cheio de dúvidas, pelo procedimento como foi feito, com tanta licitação, e preciso saber se a gente ficou no prejuízo, se teve lucro; não são acusações, mas questionamentos que eu, como vereador, dentro do meu papel fiscalizatório, tenho o compromisso de exercer”.
O parlamentar republicano disse ter encontrado boa receptividade: “A promotora foi bastante atenciosa, mostrou-se muito interessada, e a gente vai acompanhar de perto o desenrolar desse pedido, pois o MP também não pode, frente a informações super-revelvantes, deixar de apurar, pois senão estará prevaricando.”
“Tive mais requerimentos rejeitados ao logo do mandato”, disse Cesar Oliva. Na sessão de hoje mesmo, da ordem do dia da sessão ordinária constam dois requerimentos de sua autoria que devem ser rejeitados: um pede detalhes sobre a gestão da taxa do lixo, que tem projeto de iniciativa popular com votação marcada para o dia 26, e outro trata das terceirizadas, empresas que têm contratos com a administração.
Questionado sobre se o seu trabalho dá-se apenas pelo fato de ser oposição, Cesar Oliva respondeu: “O que eu tenho falado sempre é que sou São Caetano do Sul; não me declaro oposição, e quando é bom, eu aprovo, como o Agente Jovem, programas que geram empregos, mas fui eleito com a missão de fiscalizar, e disso não abro mão”.
Cesar Oliva tratou de outro assunto com a promotora, mas, indagado, disse preferir não revelar neste momento.
