A capela abriga 23 afrescos do artista plástico romeno, refugiado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Alguns são pintados a óleo e outros em têmpera. Os painéis ocupam as paredes e o teto da capela, cujo trabalho levou dois anos. Ele começou a pintar a capela em 1943 e no conjunto de afrescos, o artista representou passagens bíblicas, como a ascensão de Jesus Cristo, a Torre de Babel, os sacrifícios ao bezerro de ouro e a divisão do Mar Vermelho. O complexo da Santa Casa é um dos poucos exemplares com influência da arquitetura gótica em Mauá.
A Santa Casa de Mauá muito se orgulha de sua Capela Cristo Rei, considerada a Capela Sistina brasileira, e por mais de 50 anos, a responsabilidade por manter a capela foi, unicamente, da própria Santa Casa que nem sempre dispunha de recursos para isso. Há alguns anos, em parceria com o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, a Santa Casa iniciou um estudo sobre a melhor forma de proteger tal ícone da cidade.
“Depois de alguns debates, chegou-se ao consenso de realizar o tombamento parcial, que consiste em proteger as pinturas, o altar, o órgão, o vitral e o jardim da Entidade, de forma a permitir que a manutenção básica dos demais componentes seja possível e constante. Com o tombamento se abre a possibilidade de buscar recursos e profissionais especializados para a manutenção, restauração e preservação desses importantes ativos culturais”, declara Harry Horst Walendy.
