Editorial – Sistema e esquemas
O fato é que o cidadão, com seus impostos, financia um Estado que pouco lhe retorna. Cobra-se em níveis de primeiro mundo e os serviços contratados são de terceiro, quarto ou quinto, senão piores. Leis há, em abundância, para coibir a ação de quadrilhas, máfias e similares no poder com seus arranjos. Dificilmente, como nos casos do Mensalão e do Petrolão, há quem as imponha num cenário prostituído por interesses outros que os da nação.
Claro: quem tiver mais que dois neurônios – os famosos Tico e Teco – e preocupação fundamentada com o futuro do país, não com a idolatria a delinquentes e criminosos, certamente tenderá a avaliar as causas da debacle institucional e estrutural de forma abrangente e dialética, evidenciando o “conjunto da obra”. Trocar os piores pelos menos ruins – insistiremos sempre – já foi um grande passo para atingir o Sistema, mesmo não o afetando incisivamente.
Além de combater a quadrilha hora dominante no poder, há que impedir que outras lá cheguem, ou a ele retornem…