Politica

Editorial – “Mano Puliti” e Lava Jato

 Qualquer coincidência não é só mera semelhança. Finais do século passado, juízes, promotores e policiais desencadearam a “Operação Mãos Limpas” na Itália. Políticos, seus partidos, empresários, as máfias e quadrilhas vinculadas levaram baita susto, como ocorre hoje no “País das Maravilhas”. 
O sistema reagiu e, nos inícios deste século e ante a inércia popular, botou tudo por terra. Basta ver que elegeram seguidamente, para Primeiro Ministro, o “capo maggiore” Berlusconi, um fanfarrão, corruptor e corrupto que encarnava a velha política podre italiana. A canalhocracia criou leis para burlar a Justiça, e fim de papo. 
Aqui, a Lava Jato de início também ganhou espaço, mídia e fama, até trombar com o núcleo do sistema e confrontá-lo. Pararam-na em Brasília. Tem hoje contra si, além de todos os involucrados em patifarias e suas tropas de choque políticas e judiciais, a inércia bovina dos mais prejudicados: a população. E fim de papo. 
A Justiça no Brasil, além de ver muito bem, sempre foi prodigamente falante e extremamente ágil ao acoitar os que detêm poder e dinheiro ou língua solta e minimizar-lhes “mal feitos”. É o caso do estatuto da “delação premiada” privilegiando descaradamente figuras tóxicas em todos os níveis, dos municípios à União. 
O desfecho do “Caso Cressoni”, em São Caetano, também deu provas disso. Contou tudo, menos onde cafofou o dinheiro. 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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