Lula não se acha Deus: tem certeza de ser. Bom de prosa e palavrão, rápido no gatilho e na piada pronta, vendedor de ilusões que topa qualquer negócio desde os tempos sindicais, mais liso que bagre ensaboado para levar vantagem, fanfarrão irremediável e enganador, irreverente e imprudente e inconsequente, de fato fez história, mesmo que desastrosa.
Nunca dantes na história deste país, ou de qualquer outro, um malandro chegou tão longe. Mas, a culpa não é dele: que um mala queira enganar otários, faz parte de sua índole, não há como mudar. Responsáveis são os que deram-lhe ouvidos, votos e promoveram-no a mito. Seja por ignorância congênita, seja por oportunismo execrável, criaram o abantesma, alimentaram-no e o transformaram primeiro num santo salvador, depois num monstro. Os inventores do PT queriam-no como urso do circo, batendo bumbo na entrada enquanto eles passavam a canequinha. Foram por ele devorados.
Levados ao inferno astral por seus próprios desatinos, agora querem voltar, numa versão cabocla de “A Volta dos Mortos Vivos”…
