Política

Editorial – O fato insano

 A grande ausente nas decisões desta etapa da história do “País das Maravilhas” é, definitivamente, não a opinião pública, porém, a atuação pública. Muito se fala e lamenta, pouco se faz e impõe. Muito barulho, pouca pipoca. Insistimos em que mais de sete milhões saíram às ruas no Carnaval a chacoalhar as protuberâncias (disseram-nos que bunda é palavrão) e, para definir os destinos do país, nem a metade disso.  Dão, assim, aval para os atuais fatos deploráveis e mesquinhos, repugnantes e inaceitáveis de Brasília – refletindo o cavernoso panorama nacional – nos quais a casta política tripudia quaisquer conceitos de civilidade. O representante reflete, cartesianamente, o caráter do representado.  O que deveria ser um exemplo de sabedoria, cidadania e sólidos fundamentos éticos dos congressistas enfrascados seja no processo de impeachment de Dilma ou na cassação de Cunha, tornou-se num sórdido espetáculo de fanatismo e histeria, descontrole e muita, mas, muita sacanagem, mesmo. Vale tudo, para os representantes da facção criminosa que dominou e quebrou o país.  Não vê quem não quer. Os canalhocratas federais não querem largar o osso, assim como não querem os estaduais e municipais. Essa autofagia troglodita é, para a maioria complacente só preocupada com suas tripas e pets, tão deprimente quanto inevitável. Assim, ao tratar-se de agir, se omite. É um fato insano… 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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