Lá se vai janeiro e nenhum fato relevante quanto à entalada em que o país se encontra deu o ar de sua graça. Talvez a quietude se deva às férias dos aloprados causadores de tantos desastres sucessivos. Mas, a Lava-jato e a Zelotes seguiram mostrando a quê vieram. Só um dos indigitados, Marcelo Odebrechet, somadas as penas pegaria uns 100 anos de prisão, beneficiando-se da duvidosa teoria de crime continuado. Mas, com a benesse dos 30 anos máximos e outras jabuticabas pátrias, quem sabe sairia em 18 por bom comportamento, etc. e tal. Afinal, estamos no Brasil. Um mês inteiro desperdiçado pelo governo central pois os responsáveis, afinal, após tantas lambanças, precisavam de descanso. O tal povo capadócio, vítima dos desmandos e tropelias, mudo feito peixe, inerte feito pedra. Afinal, se estamos mesmo no Brasil, as praias abundam de bundas, em fevereiro tem carnaval e lá pelas águas de março começaremos a chacoalhar – devagarinho – nossa ancestral preguiça congênita. O mundo que deu certo segue, neste janeiro, ativo, combativo e eficiente. Não desperdiça oportunidades, enfrenta as marés baixas ou altas, os bons ou maus humores do mercado com decisão e coragem, vigor e energia. Nós? Seguimos eternamente em berço já nem tão esplêndido, esperando milagres improváveis, e que a Providência Divina mande alguém fazer o trabalho pesado de nos livrar de todo Mal.
É ruim, hein?
