Editorial

Editorial – Ridículo, não fosse trágico…

 O CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), numa de suas magistrais presepadas, decretou obrigatório o uso de um super-extintor ABC tempos atrás, o que favoreceria mais os fabricantes que os usuários. A jogada não pegou, assim como não pegara, há tempos, o tal “kit” de primeiros socorros. Neste fim de semana voltou atrás. Não é mais obrigatório…
Chegar-se-á à conclusão que nossas normas para veículos ou estão nas mãos de esquizofrênicos, ou as montadoras consideraram abusivo o preço do equipamento, num momento de crise de vendas. A questão é que nos países que deram certo, há muito tempo o uso não é obrigatório. O risco de um inexperiente em combate a chamas causar danos com qualquer tipo de extintor é maior que o próprio sinistro.
Porém, num país no qual prolifera a indústria das multas, alimentadora de quadrilhas, partidos e grupos políticos, no qual o estado de ruas, avenidas e estradas é deplorável e onde tirar uma CNH não depende de excelência ao volante, mas, da capacidade do bolso, tudo é possível, na velha prática de criar dificuldades para vender facilidades.
Reflete, ainda, a mentalidade bovina dos usuários que, ao contrário dos países de ponta, não questionam medidas – quaisquer delas – decretadas por especialistas em coisa alguma. Não por acaso somos um dos campeões mundiais de mortes no trânsito e lanternas no transporte público…

  

Mostrar Mais

Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ver também
Fechar
Botão Voltar ao topo