Nem tudo por estes brasis começa mal e termina pior ainda: dando mais um exemplo de pluralidade cultural, a 3ª Festa da Cultura Nordestina de São Caetano do Sul começou perfeita, com tudo de direito: tempo quente e seco, milhares de pessoas dispostas a ver e rever o que o Nordeste tem em termos de tradições, comidas, teatro, cordel e música, muita música. Se Elba Ramalho arrebentou no sábado, Alceu Valença levou a plateia ao delírio no domingo. E, para os apreciadores da culinária especialíssima, foi uma festa dentro da festa, com vatapá, acarajé, baião de dois, moqueca, sarapatel, bobó de camarão, tapioca e tantas outros pratos feitos no capricho e carinho nas dezenas de barracas, servidos com a excepcional simpatia dos atendentes. Dias 25, 26 e 27 tem mais, depois só no ano que vem, perseverando no que já se tornou tradição de São Caetano. O destaque, de sábado e domingo, foi o clima de alegria, congraçamento, solidariedade, isenção e confraternização reinante e que, sabemos, perdurará no transcurso do evento. Quando vemos, pelo mundo, o avanço de preconceitos e ódios absolutamente injustificáveis, festejos como os realizados na cidade mostram o caminho da compreensão e tolerância, da solidariedade e generosidade sempre possíveis quando a vontade é de fazer coisas boas. Estão de parabéns os realizadores da festa e o povo bom e festeiro que a prestigia. Boralá!
