
O Direito é uma ciência humana — portanto, não exata. Isso significa que raramente existe uma única resposta possível. As soluções variam conforme quem analisa o caso, a experiência profissional, a linha jurídica que segue e até mesmo a sensibilidade diante do contexto humano envolvido.
Na prática, para um mesmo caso, cinco advogados podem apresentar cinco pareceres diferentes, e todos serem, de certo modo, possíveis. Complicado? Nem tanto.
Para ilustrar, imagine que você queira emagrecer e consulte cinco endocrinologistas: um recomendará jejum intermitente, outro apostará na dieta low carb, outro indicará medicamentos, e talvez um defenda apenas reeducação alimentar. A ciência é a mesma — o corpo humano — mas a estratégia muda conforme o profissional, o histórico e o objetivo do paciente, e consequentemente, o resultado também.
No Direito, o princípio é o mesmo. A lei é igual para todos, mas a estratégia muda tudo. Assim como nenhuma pessoa é igual à outra, nenhum processo é idêntico. O que diferencia um resultado mediano de um excelente está justamente no plano estratégico traçado: onde focar, o que priorizar e quais caminhos evitar.
E quem define essa estratégia? O advogado. Por isso, escolher um profissional não deve se basear apenas em preço, mas sobretudo em confiança e competência. É ele quem vai conduzir o caso com técnica, visão e, muitas vezes, com a serenidade necessária para tomar decisões difíceis.
Afinal, de nada adianta pagar o melhor nutricionista se você não segue a dieta — ou contratar o melhor advogado se não houver confiança mútua para seguir a estratégia traçada.
Sem estratégia, um processo pode se tornar apenas mais um caso “à deriva”, conduzido pelo acaso, e não pela razão. Já com estratégia, técnica e propósito, o Direito cumpre seu papel mais nobre: transformar conflitos em soluções e incertezas em caminhos possíveis.
Em um mundo em que todos têm acesso à informação, mas poucos sabem o que fazer com ela, a verdadeira diferença está em quem tem visão estratégica.
Um bom advogado não enxerga apenas o processo, mas o cenário completo: as pessoas envolvidas, os riscos, os impactos econômicos e as consequências futuras de uma decisão — sobretudo no mundo corporativo, onde uma decisão judicial afeta toda uma cadeia produtiva e a reputação.
Por isso, contratar um advogado não é simplesmente buscar quem “faz petições” — é escolher quem pensa o seu caso com uma visão de negócios, técnica apurada e um plano de voo claro.
A lei é a mesma para todos, os advogados, não.
Munick Rabuscky Davanzo