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Auriccchio diz que PSDB encolheu

Prefeito de São Caetano atribui o declínio do PSDB à passagem de João Doria

Em vias de deixar o ninho tucano, ao menos, este é o entendimento que se pode ter em virtude da fala do prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr., ainda filiado ao PSDB, o chefe do Executivo remontou seis anos atrás, o que podemos traduzir como passagem desastrosa do ex-governador de São Paulo, João Doria, pela sigla, na qual Auricchio reserva respeito, porém, o coloca como o culpado pelo desmonte do partido.

DORIA

“Em 2018, o PSDB sofreu um tsunami chamado João Doria, que, com todo respeito, que tenho carinho, amizade, contudo, o Doria produziu, com aquele espírito antipolítico, uma fratura exposta no PSDB. Então, daí para cá, a gente teve uma sangria, quase que desatada, de perdas que se sucedem, a cada vez que a gente conversa é uma perda nova”, Auricchio expressa sua desolação ao falar do assunto em entrevista concedida ao canal ABC em Off.

O chefe do Executivo sancaetanense sente muito pelo momento partidário tucano e citou o desgaste da legenda, o que vai levá-lo a buscar novo rumo, porém, sem destino e data certos ainda.

PERDA

“Cidades perderam suas bancadas, a Capital, enfim, não vejo fim a este processo de deterioração do PSDB, o que muito me entristece. Obviamente, com um quadro tão dramático deste, eu embora não tenha nenhum horizonte de disputar eleição, mas tenho a pretensão de continuar na vida pública, me faz refletir em uma mudança partidária, é óbvio, é certo que não tem data definida. Porém, me faz refletir neste sentido”, sentenciou o prefeito o fim de sua estada no PSDB.

Ainda que não tenha definida sua nova casa, Auricchio simpatiza com algumas legendas, porém, fez ressalvas.

CENÁRIO

“Precisa enxergar, primeiro, que há um cenário nacional de enxugamento partidário, fruto de uma resolução determinada pelo nosso Tribunal Superior Eleitoral, da chamada cláusula de barreira dos pequenos e médios partidos, que vem sendo aplicada ao longo dos anos”, recorreu o político, à legislação ao iniciar sua fala sobre troca de legenda.

EXTINÇÃO

“A classe política, talvez nessa eleição, começou a perceber que os espaços partidários estão diminuídos, e vai se diminuir mais ainda, vamos chegar a mais uma ou duas eleições com cinco ou seis partidos, no máximo. Certamente essas duas legendas: PL e PSD serão duas que sobreviverão, uma mais ao centro e outra mais à direita. Entretanto, tenho uma simpatia muito grande pelo PSD, o Gilberto Kassab, como outros que fazem parte do partido, são grandes líderes, grandes governadores, grandes prefeitos, uma bancada de deputado extremamente ativa, que sabe dar o tom ponderado nas relações do Congresso Nacional, vejo com muito bons olhos o crescimento do PSD, ocupando um espaço que anteriormente foi do PSDB”, estima o atual prefeito de São Caetano.

CELSO M. RODRIGUES

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