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Médicos estão sobrecarregados em Diadema e Sindicato cobra “contratação urgente” de mais profissionais

Wilson Guardia

 

 

A população de Diadema tem sofrido com diversos problemas na área da saúde, desde a demora para marcar consultas e dificuldades na realização de exames, estes casos, por exemplo, já foram denunciados recentemente por este REPÓRTER, no entanto, de dezembro para cá, a demanda dos serviços de saúde tem crescido por conta da pandemia de covid-19, com a variante ômicron e também da gripe, com a cepa H3N2. As doenças respiratórias têm lotado os serviços de urgência, em especial da rede pública.

Com a alta demanda, médicos, enfermeiros e auxiliares, estão sobrecarregados. A carga de trabalho tem crescido dia após dia quase que ao mesmo passo que os vírus infectam mais gente, isso porque, os profissionais estão adoecendo e, claro, se afastando de suas funções. Neste cenário, o que já era crítico piora ainda mais.

O SindMed ABC (Sindicatos dos Médicos do ABC) para entender melhor o cenário e cobrar providências do Poder Público enviou à Prefeitura de Diadema ofício no qual solicita com “brevidade audiência para discutir a situação atual dos médicos nas unidade de saúde do município”, o documento é assinado pelo presidente da entidade, o médico José Roberto Murisset e tem como destinatários o prefeito José Filippi (PT) e a secretária de Saúde Rejane Calixto.

 

“Recebemos inúmeras denúncias de médicos que estão submetidos a jornadas extenuantes nos últimos meses. São crescentes os casos de influenza (vírus causador da gripe) e covid-19, com o aumento da variante ômicron. Inúmeros profissionais foram afastados por conta de infecção e as jornadas se tornaram exaustivas, comprometendo a higidez física e mental dos médicos”, esclarece o presidente do SindMed.

 

MÈDICOS

 

Segundo dados do SindMed ABC, estima-se que em Diadema existem entre 500 e 600 médicos, destes cerca de 320 são contratados de uma OS (Organização Social de Saúde) que presta serviços na cidade. O Sindicato denuncia que “médicos contratados para plantão de oito horas estão trabalhando 40% a mais”.

José Roberto Murisset ainda afirma ser “essencial a contratação de profissionais médicos, em caráter de urgência, para recompor a defasagem apresentada. A contratação será necessária aos profissionais, que conseguirão ter uma evolução em suas condições de trabalho, e também ajudará a não comprometer a qualidade da assistência à população”.

 

OUTRO LADO

 

A prefeitura de Diadema diz que “não foi notificada” e que, “se o referido ofício chegar, prestará todos os esclarecimentos”. A nota, ainda traz a seguinte informação: “a Administração monitora diariamente a situação para identificar eventuais afastamentos de profissionais. Reuniões periódicas têm sido realizadas para reorganização do sistema de saúde, com objetivo de oferecer atendimento adequado ao usuário”.

 

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