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“VAMOS CELEBRAR O MOMENTO”

TURÍBIO LIBERATTO

 

Costumam dizer que o esporte faz milagre, e nestes dias tem feito mesmo. As Olímpiadas de Tóquio estão fazendo o brasileiro voltar a sorrir ignorando, nem que por alguns segundos, a crise sanitária e pandêmica que já ceifou no Brasil quase 560 mil vidas e continua a ceifar diariamente mais de 1 mil vidas no país, crise econômica e política que a cada dia fica mais apimentada e polarizada.

 

Mesmo que por alguns momentos, pela televisão ou pelo celular, a alegria chegou até nós através da celebração de Fadinha do Skate, Rayssa Leal de 13 anos, do Baile de Favela de Rebecca de Andrade, de 22 anos, ou ainda do choro emocionado do surfista Ítalo Ferreira, de 27 anos, eleita 6 vezes a melhor atleta do mundo em maratona aquática, a baiana arretada Ana Marcela Cunha ganhou o ouro após nadar 10km da maratona aquática no Parque Marinho Odaiba, em Tóquio.

 

Os milagres que os nossos atletas realizaram vão muito além de nos proporcionar alegrias, cada vitória de um brasileiro nas Olímpiadas escancara o sacrifício dos que chegaram até ali por esforços próprios oriundos de um país em que o esporte é para poucos. E, sim, muito emocionante ouvir que Ítalo surfava na prancha de isopor e que a primeira prancha de verdade ele só ganhou aos 11 anos através de uma vaquinha. Hoje, além de medalhista de ouro, é também  o atual campeão mundial do surf. É louvável também ver o esforço e perseverança dos de Rayssa, em especial de sua mãe, que acreditaram no talento da filha e não fizeram desistir da carreira. Porém, o Brasil desperdiça inúmeros talentos todos os anos que poderiam nos trazer tantas outras alegrias. Não precisamos citar números para comprovar isso.

 

Na sua cidade, por exemplo, a prefeitura tem algum programa de esporte gratuito e em massa para jovens ? Nos Estados Unidos, que se destacam em praticamente todas as Olimpíadas, o investimento é privado, contínuo e cultural. São das Universidades que vêm a maioria dos atletas do país. É uma tradição de século por lá ter esporte nas escolas. Já no Brasil só se vê quadra de futebol no recreio, e isso quando a quadra ainda é equipada com tabela, aros e traves. O esporte não forma só atletas, forma sim cidadãos e os afastam do mundo das drogas e do crime. O Brasil tem jeito sim, só precisa ter governantes engajados com o esporte !!!

 

TURÍBIO LIBERATTO

 

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