O filme Até que a Sorte nos Separe conta a história de Faustino que, enriquece da noite para o dia por acertar uma cartela premiada e, por ter nascido no Brasil, posteriormente, vive sua vida com seu dinheiro e com o “jeitinho malandro” de ser. Nessa perspectiva, em analogia com a realidade brasileira, é nítido o desejo da população em solucionar problemas por atalhos com mesma eficácia. Nesse sentido, pelo orgulho das pessoas em obter sucesso “cortando caminhos” e a indisciplina da sociedade, surge a problemática da cultura do “jeitinho brasileiro” no Brasil.
Nesse contexto, é natural dos seres humanos provarem seus valores perante a sociedade, contando conquistas e sonhos realizados. Ademais, nem sempre essas são colhidas de forma ética e moral e, quando amorais, é perceptível o interesse das pessoas em confessarem o erro porém, com orgulho. Isso se deve ao fato da tradição brasileira, pois no Brasil são valorizados apenas aqueles que possuem este espírito “malandro” de viver.
Além disso, a corrupção é conceituada como qualquer ato realizado com intenções de ganhar privilégios sobre os outros. Dito isso, o Japão, por exemplo, é um país regido por ordem e disciplina e, desde crianças, os japoneses são ensinados a trilharem suas vidas seguindo passo a passo um caminho correto, ao contrário do Brasil em que os pais falam: “ Você deve ser mais malandro, porque vão passar por cima de você”. Tal fato se deve à indisciplina do povo.
Portanto, a ruptura do paradigma do jeitinho brasileiro depende de ações sociais, além do interesse em disciplinar as pessoas. Sendo assim, com a finalidade de levar uma cultura honesta para toda população, os pais e responsáveis devem educar seus filhos sempre incentivando a busca de honestidade, criando atividades e jogos residências que estimulem a comunhão e não o egoísmo. Assim, a população estará mais consciente e solidária. Com essas medidas realizadas, Até que a Sorte nos Separe será apenas uma comédia de ficção.
