EditorialHome

Os “ficais”

Editorial - 28/05/2020

Ao elegermos um representante para o Legislativo, de senadores a vereadores, a
função precípua seria manter vigilância sobre as atividades do Executivo. Porém, de
presidentes a prefeitos, a estratégia vulgar é corrompê-los. Há exceções.
Mantê-los dóceis é simples: oferta de cargos e mordomias, enfim. É nossa tradição
secular. A Lava Jato tentou pôr freios a essa prática “política” ao considerá-la caso de
polícia. Foi esvaziada.

Não importam situações extremas aos viciados em mutretas. Quantos “fiscais”
conhecemos que aceitariam meter a mão no bolso e dedicar metade de seus ganhos
ao combate à pandemia e auxílio aos quebrados e desempregados?
Nenhum que saibamos. Quantos fiscalizam a probidade dos gestores executivos?
Poucos… Findo um pleito, iniciam a azáfama pelo próximo e a população que pague
os pratos quebrados na festa.
O acordo tácito é irrestrito. Sem importar a artimanha da caça aos votos, sabem que
serão sufragados e, se eleitos, continuarão a mamar nas tetas da República. É parte
do “negócio”.
Afirmamos que sem severa Reforma Política nenhuma outra seria bem sucedida. Fim
do foro privilegiado, fim de benesses espúrias, drástica redução no número de
“partidos”, exigência de atestado de antecedentes cíveis e criminais, diploma
universitário etc. fariam parte.
No momento, considerar hediondos crimes contra a saúde pública seria um bom ponto
de partida…

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo