Empresários demonstram temor com o futuro pós-pandemia e pedem ações efetivas dos governos
Wilson Guardia
O período de quarentena para conter a pandemia de covid-19 é uma medida drástica, porém necessária para preservar vidas. O coronavírus se propaga de forma rápida e sobrecarrega os serviços de saúde. Micro e pequenos empresários são os que mais sofrem e, se medidas efetivas não forem tomadas pelos poderes governamentais, a economia vai entrar em um momento delicado. O atual cenário deixa empresários e empreendedores com temor sobre o futuro.
Vildner de Santis, proprietário da Styllos, afirma: “é incalculável a dimensão dessa paradeira e o custo que isso irá trazer”, ele segue: “por exemplo, os compromissos estão vencendo e ninguém pagando ninguém. Como ficarão os protestos, as dívidas junto às instituições financeiras? Como serão as linhas de crédito para tudo isso voltar a girar? As áreas econômicas dos governos devem alinhar tudo isso e a Prefeitura tem que segurar os impostos e prolongar os já vencidos”.
Em linhas gerais, a classe empresarial espera por ações mais efetivas dos governos.
Consequentemente, para Alessandro Leone, CEO do Empórium das Noivas “a crise instaurada é imensurável. Os governos de maneira geral terão que interferir na economia com ações que visem a minimizar os impactos. O governo Municipal deve conceder a isenção da taxa do lixo e da água pelo período de seis meses. A isenção de IPTU, a suspensão de cobranças judiciais e extrajudiciais e a isenção de ISS devem integrar o pacote de medidas. No entanto, em âmbito federal a transferência da folha de pagamento pelo período de quatro meses para a União por meio de seus programas, além da suspensão de dívidas com bancos públicos por seis meses”.
Entretanto, a arquiteta e presidente do Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul) Elda Xavier Martinez destaca: “criar recursos, veículos de ações preventivas e direcionadas com firmeza de cima para baixo na cadeia econômica e governamental de nosso País são fundamentais. O pulso do andar da carroça, para este momento deve ser efetivo, estudado, direcionado com firmeza, com cautela e preventivo”.
Magazine
Acima de tudo, Luiza Trajano, dona rede Magazine Luiza afirma em uma rede social: “após superarmos a fase de isolamento, que é necessária, sem dúvida, o que me preocupa muito é o quadro que iremos enfrentar na economia. Dependendo do tempo de quarentena, muitas empresas, especialmente as micro, pequenas e médias, irão desaparecer, e muitas das grandes terão que demitir equipes, agravando ainda mais o enorme quadro de desemprego”.
