Justiça condena empresários contratados por Marinho nas obras do Museu do Trabalhador
O ex-prefeito de São Bernardo pelo PT, Luiz Marinho, ainda é réu no processo que envolve a construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, idealizada pelo petista em 2012 e que ficou abandonada, sob os custos de R$ 18,8 milhões em seu orçamento total.
Contra
Ainda corre contra Marinho, fruto da Operação Hefesta, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2016,
a acusação de suspeita de fraudes nas licitações por exemplo, desvios e superfaturamento de recursos destinados à fase preparatória da obra,
que envolveu a contratação de projeto básico, estudo preliminar e estudo museológico.
Três ex-secretários da gestão petista também respondem por exemplo ao mesmo processo.
São eles portanto: Alfredo Buso (Planejamento), José Cloves (Obras) e Osvaldo de Oliveira (Cultura).
Condenados
Nesta semana, o juiz Leonardo Henrique Soares, da 3ª Vara Federal de São Bernardo, condenou os empresários Antônio Célio Gomes de Andrade e Élvio José Marussi por irregularidades na execução da obra,
cujo objetivo era prestar homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ambos são apontados como dono e laranja da Construções e Incorporações CEI, empreiteira responsável pela obra. Marinho e seus secretários foram absolvidos nesta acusação.
Segundo a peça apresentada pela Justiça, a empreiteira foi acusada de levar vantagem na licitação realizada em 2010, em troca de suposto benefício direcionado à gestão petista.
O caso sobre o esquema de propinas na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador foi no entanto deflagrado em 2016 com a Operação Hefesta.
Marussi e Andrade foram condenados por falsidade ideológica e inserção de informações falsas no quadro de sócios da Construtora e Incorporadora CEI Ltda.
O primeiro foi sentenciado a 10 anos e seis meses de reclusão, mais 105 dias-multa,
enquanto Andrade foi condenado a 14 anos de prisão e 182 dias-multa.
As penas serão cumpridas em regime fechado, porém, ambos podem esperar o resultado dos recursos em liberdade.
Procurado pelo REPÓRTER, os réus não retornaram até o fechamento desta edição.