Editorial – Incêndios
A icônica catedral de Notre Dame foi devastada pelas chamas na segunda-feira. Aparentemente, devido à impropriedade da manutenção em andamento, terminando destruída como o Museu Nacional do Rio de Janeiro.
O motivo básico seria o mesmo: incompetência e descaso com nossos patrimônios históricos.
Recursos para manter canalhocracias, aqui e acolá, há de sobra. Para a proteção de monumentos da humanidade, não, embora o senso comum aconselhe que é melhor prevenir que remediar.
Mas, não é somente em cidades emblemáticas como Paris ou o Rio de janeiro, dentre outras, que a ganância das castas políticas e seus compinchas supera a vã imaginação dos meros mortais pagadores de impostos.
Em São Caetano a “indústria das multas” abiscoitou em 2018 uns 23 milhões de reais pressupostos, com a floresta de radares implantada na urbe. Tal “incêndio arrecadatório” é avesso a controles, prestações de contas e destinação clara do amealhado, sob aplausos de beneficiários sub-reptícios.
Punir uma cidade e saqueá-la é fácil. Bastam a carência de espírito público, a ganância desenfreada e a certeza da impunidade dos donos do poder. Já manter em crescimento a qualidade de vida dá muito trabalho e pouca “lucratividade”.
Dizem as ruas que só tem malandros onde tem otários. Porém, igualmente afirmam que um dia o circo pega fogo onde houver cidadãos indignados e quem chute o pau da barraca… Será?