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Geraldo Alckmin defende reforma da Previdência para retomada do crescimento econômico em evento da ADVB-SP

Apesar de mostrar-se favorável à reforma, presidente do PSDB criticou pontos da proposta atual e defendeu “justiça social” durante palestra da entidade realizada nesta segunda (18)

O ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, declarou, nesta segunda-feira (18 de março), apoio à reforma da Previdência no Fórum de Temas Nacionais

– FTN, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

Segundo ele, os representantes do partido também tendem por exemplo a votar a favor da proposta, uma vez que ela é essencial para retomada do crescimento econômico do país.

Apesar de defender a reforma, ele criticou alguns pontos, afirmando que o texto enviado pelo governo é complexo e possuem “jabutis” que não deveriam entrar na proposta, como acabar com a PEC da Bengala.

Opinião

“Geraldo é uma figura social importante para São Paulo, por todas as contribuições para o desenvolvimento do Estado durante seus governos. A discussão com ele nos traz uma nova abordagem sobre o assunto.

Além disso, ele também é um ótimo condutor de palestra, o que facilita muito na compreensão de um tema tão importante como as reformas políticas e econômicas”,

afirmou o presidente da ADVB, Latif Abrão Jr. Na abertura do evento.

Abrão Jr. falou sobre os projetos realizados pela entidade, com intuito de agregar conhecimento, destacando por exemplo o trabalho feito em conjunto com autoridades em Portugal, com a criação da ADEP (Associação dos Dirigentes Empresariais de Portugal e Comunidade Lusófona).

Palestra

Em sua palestra, o ex-governador contextualizou a crise econômica brasileira dentro de um cenário de crescimento mundial, além do rombo previdenciário e as mudanças demográficas no país.

“Tivemos uma retração do PIB de 6,7%. É a maior queda dos últimos 120 anos.

Agora, após essa recessão, o Brasil pode recuperar a atividade econômica.

A inflação está baixa, temos taxa de juros e investimentos represados. É um conjunto de fatores que podem ajudar nessa retomada da economia”, explicou Alckmin.

Nesse sentido, Ackmin destacou a importância das reformas políticas e econômicas, como por exemplo a da Previdência e a Fiscal. “A reforma da Previdência é necessária e estou otimista de que ela será aprovada.”

Ainda, ele enfatizou que a proposta deve ter dois focos: o fiscal, para zerar o déficit previdenciário, e de justiça social, defendendo um regime único de previdência.

Para ele, o INSS é um programa de distribuição de renda e a reforma contribuiria para diminuição da desigualdade social.

Perguntas

Após a fala de Alckmin, convidados fizeram colocações e perguntas sobre o tema, como por exemplo Jorge Nasser, presidente da Bradesco Vida e Previdência e Bradesco Capitalização;

Josué Christiano Gomes da Silva, presidente da Coteminas;

Ney Zanella, diretor-presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa;

e Ricardo Yoshikawa, vice-presidente da ADVB Jovem.

Nasser

De acordo com Nasser, a discussão sobre previdência é de interesse coletivo.

“Estamos discutindo a nossa aposentadoria também, não só das próximas gerações. O interesse da iniciativa privada é o interesse de toda sociedade: uma mudança para sair do déficit previdenciário. O INSS não operará em milagre”, ressaltou.

Ney Zanella, por sua vez, fez uma ponte entre o crescimento da população de idosos com os avanços da medicina, citando o Reator Multipropósito Brasileiro, reator nuclear que produz elementos usados para diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças.

“O projeto é espetacular e vai ampliar o acesso da população à medicina nuclear. Com isso, a área da saúde vai ser um grande gerador de emprego também”, disse Zanella.

Mudanças

Já Ricardo Yoshikawa comentou sobre as mudanças demográficas, citando o exemplo do Japão, onde as escolas são construídas com estrutura para se tornarem asilo de idosos.

“Os japoneses já previram que a população de idosos cresceria conforme alcançamos maior avanço tecnológico. O Brasil também deve estar preparado para essas transformações”.

Alckmin completou:

“o século passado foi a era das máquinas e moléculas, dos avanços tecnológicos e da medicina. O grande desafio para as próximas gerações será emprego e crescimento econômico”.

Coteminas

O presidente da Coteminas, Josué Christiano Gomes, enfatizou positivamente o governo de Geraldo Alckmin, que deixou o Estado de São Paulo com superávit primário.

Em seguida, perguntou ao ex-governador sobre a desvinculação das despesas do orçamento público e como isso daria uma flexibilidade aos gestores para aplicarem onde o recurso é mais necessário.

Em resposta, o presidente do PSDB afirmou ser favorável às desvinculações e a desburocratizações da receita dos Governos.

“Sobre as vinculações, nós temos que confiar e cobrar o Parlamento, é preciso que fiscalizar. Não é para tirar o investimento das áreas, mas sim, investir onde mais precisa. O princípio não é correto”, frisa.

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