Nos últimos dias percebemos, em muitas cidades, a publicação de peça publicitária oficial – até que bonitinha – nas redes sociais perguntando, ao distinto público, se sabe para que serve um vereador. Bem… a intenção pode até ter sido boa…
Os comentários desancaram os tais “representantes do povo” sem dó, nem piedade. Entre diatribes impublicáveis e escrachos exacerbados, permeados de senso de humor cáustico, a expressão “mamar, mamar, mamar” destacou-se.
A “política” (assim, em caixa baixa), parece-nos, nunca foi tão repudiada na história deste país, depois que a Política, enquanto “arte de bem governar os povos”, substituiu-se pela “astúcia, ardil, artifício, esperteza” para espoliar, esbulhar o cidadão.
É bom preceito não falar-se de corda em casa de enforcado. A valorização de um segmento social dá-se não por publicidade indigesta, mesmo infantil, mas por ações proativas de seus componentes em prol da sociedade. Este é um dos casos.
Inútil e contraproducente é para Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas estaduais ou para o Congresso Nacional, cacarejar teorias e utopias normativas e impraticadas de como deveria ser o funcionamento dessas instituições, de vez que a práxis é outra e oposta.
Enfim, se os autores da peça publicitária queriam impressionar a cidadania, fracassaram. A prática contradiz a teoria. Ao menos conseguiram vislumbrar o tamanho da bronca!
