Auricchio vai contingenciar 12% do orçamento de São Caetano de 2018
Indagado sobre os investimentos para 2018, Auricchio afirmou: “Nós estamos trabalhando com uma margem de investimentos significativa, até porque está dentro do nosso planejamento estratégico para que a gente possa retomar as ações estruturais da cidade, mas eu deixo aqui – aliás, o seu veículo é o primeiro ao qual eu estou falando – em função das expectativas de queda de receitas, tanto locais, quanto dos governos estaduais e federal, nós estamos reavaliando a nossa questão orçamentária, e estamos preparando um decreto, deve sair publicado nos próximos dias – repito, o primeiro lugar em que eu estou deixando público é aqui com você, Joaquim, nós estamos produzindo um contingenciamento da ordem de 12% no nosso orçamento. Portanto, a capacidade de investimento que nós estamos retomando também vai ter de ser reduzida em 12%. Ainda assim, vamos ter uma capacidade de investimento mantida, graças ao ajuste fiscal produzido ao longo do último ano”.
Auricchio voltou a afirmar que não foi criada a taxa, mas apenas transferida do IPTU para a conta de água, e garantiu que “quase 90% da população vai pagar menos, na soma IPTU mais Taxa do Lixo, do que pagava no ano anterior, com um alívio para o contribuinte”.
MODERNIZANDO
O prefeito citou a Lei Nacional de Resíduos: “Estamos modernizando a cidade, a lei estabelece um prazo e preconiza diretrizes. Nós estamos 20 anos atrasados, por exemplo, em relação a Santo André. O prefeito Celso Daniel (PT) fez essa migração da taxa do lixo do IPTU para a conta do Semasa em 1997. O conceito hoje, mundial, é que o desenvolvimento ambiental está calcado em um tripé: água, esgoto e saneamento.”
Auricchio disse: “Se pegar o sistema de atendimento do Saesa, seja por telemarketing, 0800, balcão no próprio Saesa, no Atende Fácil, não chega a 200 protocolos de reclamação, com efetiva revisão, com um mínimo de acúmulo de erros; portanto, em 70 mil inscrições imobiliárias, você ter 200 reclamantes oficiais, é o mesmo número, mais ou menos, dos que estão nas ruas, reclamando, ou através de redes sociais, e partidos políticos”.
ESTUDO FIPE
O Dr. Ariovaldo dos Santos, um dos advogado que estava na manifestação de terça, disse, por sua vez: “O próprio estudo da FIPE, contratado pelo Saesa, diz que 33% dos imóveis teriam aumento. O problema é que a redução dos outros 66% ficou em torno de 3 a 5%, mas o aumento para os demais chegou a 272%.”
O advogado disse ainda: “O que temos é que a própria Prefeitura e seus órgãos serão notificados; existirá novas mobilizações, e a agenda de manifestações continua, mas até por estratégia não será anunciado ainda que tipo de ação será levada à Justiça, apesar de termos certeza da ilegalidade da cobrança”.