Editorial – Não há como negar
A canalhocracia botocuda em peso ululou – para variar – contra o juiz, alegando ter ele feito conclamações político-ideológicas fora de sua alçada. É certo que não cabe, ao magistrado, alertar a cidadania ante um risco iminente. Quem deveria fazê-lo seria o prefeito, o governador do estado ou seus prepostos da área da segurança pública. Contudo, ante o silêncio e mesmo omissão, cabe ao juiz e a qualquer um chamar a atenção para o perigo. É um ato legítimo.
O escatológico circo político montado em torno de um simples ato jurídico regular de oitiva de acusados, visa acovardar a Justiça ao ameaçar seus representantes e buscar o confronto para dar proporções insurrecionais contra a ordem pública, como foi feito na fracassada “greve geral” do dia 28/04. Nada aprenderam.
Não há como negar que a quadrilha tem recursos impressionantes, advindos do fenomenal esquema de corrupção institucionalizado desde 2.003. Não há como negar que é séria ameaça à Democracia. Enfrentá-la como quer que seja é um direito e um dever da população de bem, mas, sem fazer o seu jogo sujo.