Editorial – ZIKA: A ameaça voadora

 O inimigo número um para os brasileiros nesse momento é o mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika. Houve relaxamento no combate à dengue, mas outros fatores pesam para o Aedes escapar das nossas mãos – neste caso, literalmente.
Oswaldo Cruz já travou batalha com o mosquito nos anos 50 ao comandar uma campanha contra o Aedes realizada em quase todo o continente americano com sucesso que terminou por erradicar o inseto em 1958. Apesar do mosquito não ser nosso, estamos importando ele do sul dos Estados Unidos e de algumas pequenas ilhas do Caribe. Em 67, ele entrou no Belém do Pará e em outros países.
Realmente o mosquito voltou a assombrar o Brasil nos anos 60, mas novamente a batalha foi vencida – em 1973, novamente a OMS declarava o Brasil livre do inseto. Daí em diante a situação nunca foi controlada.
Nossos governantes continuam deixando tudo que é importante para a última hora. Não temos a política de prevenção. Está certo que a população também não colabora mas o princípio da gestão cabe à Administração Pública tomar a frente. Nesse caso o mosquito está voando enquanto estamos engatinhando.
Esperamos que ninguém seja vítima do zika mesmo aqueles que foram irresponsáveis por não tomarem as decisões corretas na hora certa.